A Frente Popular, um movimento cívico da sociedade civil guineense, apelou à mobilização da sociedade para “resistir a qualquer tentativa de fraude” nas eleições de 23 de novembro.
A Frente Popular apelou ao eleitorado para votar “de forma patriótica e consciente” nas eleições previstas para 23 de novembro de 2025.
Na carta aberta dirigida ao povo guineense, na qual expressou “forte preocupação” com a situação política, institucional e social do país, a organização pediu à população que rejeite manipulações eleitorais, garantindo que mobilizará a sociedade para “resistir a qualquer tentativa de fraude” nas eleições previstas para 23 de novembro de 2025.
No documento consultado pelo O Democrata, a Frente Popular apelou ao voto contra o que classifica como “ditadura e violência”, convocando a juventude a liderar a mudança.
Lê -se na carta que a Guiné-Bissau atravessa “um dos momentos mais sombrios da sua existência”, tendo acusado o atual regime de práticas autoritárias, repressão e violação das liberdades fundamentais.
Para Frente Social, o período governativo dos últimos anos teria sido marcado por “terror, medo, desordem institucional, fome, autoritarismo, absolutismo, corrupção e violência”.
Por isso, a organização entendeu que as eleições de novembro representam “um julgamento moral da Nação” e um momento decisivo para o futuro do país, criticando a supostas tentativas de alterar símbolos da identidade nacional, incluindo a data da independência.
Recordou ainda os acontecimentos de 18 de maio de 2024, quando uma marcha pacífica teria sido reprimida com violência, resultando em detenções, agressões e mortes.
Lê-se no documento que tais episódios não podem continuar e que é necessário preservar os direitos e liberdades dos cidadãos.
A organização cívica defendeu ainda a construção de um novo contrato social no pós-eleições, desafiando as forças políticas opositoras que atuem com “coragem e responsabilidade”.
Por fim, exortou as Forças Armadas a cumprir o seu papel constitucional de não interferir no processo eleitoral, recordando que o dia 23 de novembro será uma escolha entre “submissão e liberdade” e convocou os cidadãos a assumirem um papel ativo na defesa da democracia.
Por: Tiago Seide



















