O candidato às eleições presidenciais apoiado pelo Partido Unido Social Democrata (PUSD), Gabriel Fernando Indi elege como prioridade se for eleito o Presidente da República, os setores da educação, saúde e justiça para promover o desenvolvimento do país, porque entende que, sem uma justiça forte e independente, não se pode sonhar com investimentos pesados de homens de negócios.
Indi fez estas afirmações no seu último comício popular realizado no bairro de Antula esta sexta-feira, 21 de novembro de 2025, depois da sua deslocação à região de Oio, norte da Guiné-Bissau, para o contacto com os eleitores daquela zona e concretamente no setor de Nhacra.
Dirigindo-se aos seus apoiantes, Gabriel Fernando Indi disse que ninguém deve votar na sua candidatura por questões étnicas, “porque o país não precisa de separação”.
Indi reconheceu o papel desempenhado pelas mulheres guineenses na família, acrescentando que as mesmas trabalham duro para garantir a sobrevivência dos filhos e até dos maridos.
“Em outros países, as mulheres vivem até que atingem 120 anos ou mais, porque têm acesso a bom tratamento médico e medicamentoso e os filhos ocupam-se do seu sustento, com toda facilidade. Mas o que mata as nossas mães na Guiné-Bissau é o estresse e o excesso de trabalho para sustentar os filhos maiores de idade e o marido desempregado”, disse.

Assegurou que o governo é que tem a responsabilidade de garantir o emprego para jovens, frisando que este não é o Presidente da República.
“Nenhum empresário estrangeiro, vai investir no país que não tem paz. A falta de emprego que se regista no nosso país é a falta de investimentos sérios e com empresários robustos capazes de investir pesado no país”, notou.
Em relação a situação do hospital nacional Simão Mendes, Indi assegurou que o maior estabelecimento hospitalar do país está a enfrentar muitos problemas no serviço da maternidade, afirmando que aquele serviço dispõe apenas de 40 marquesas e por dia registam-se dezenas de partos feitos por mulheres, segundo a informação que obteve da parte de responsáveis.
Por fim, alertou aos eleitores que têm o direito de escolher o candidato que tem o programa de desenvolver o país.
“Não devemos aceitar que alguém nos engane com dinheiro ou comprar alguma coisa para nós dar. Devemos pensar muito bem, porque o país está em primeiro lugar, portanto não vamos permitir a divisão no meio dos guineenses por causa do poder”, disse.
Por: Natcha Mário M’bundé
















