Fernando Dias da Costa, candidato às eleições presidenciais apoiado pela Coligação Plataforma Aliança Inclusiva PAI-Terra Ranka, declarou ser “o único candidato do povo” e garantiu que vencerá as presidenciais deste domingo na Guiné-Bissau e na diáspora.
Após votar na cidade de Mansoa, no norte do país, Dias da Costa afirmou que pretende “renovar a esperança do povo” e reafirmou o compromisso de trabalhar para pôr fim a raptos, torturas e outras atrocidades no país.
O candidato criticou o adversário Umaro Sissoco Embaló, acusando-o de governar “sem conhecer a Lei Eleitoral” e de tentar influenciar o processo eleitoral. Segundo Dias da Costa, Embaló teria aliciado imames com dinheiro para intimidar eleitores, além de autorizar a detenção de Nado Mandinga, diretor provincial da sua candidatura.
Dias da Costa alertou que não permitirá detenções arbitrárias de dirigentes das coligações que o apoiam e acusou a administração de Embaló de ser marcada por “tortura, detenções arbitrárias e desaparecimentos”. Criticou ainda a falta de desenvolvimento no país: “Não precisamos apenas de 30 quilómetros de estrada num país com mais de 36 mil quilómetros quadrados”.
O candidato levantou suspeitas sobre votos atribuídos aos militares e pediu à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e às comissões regionais rigor na verificação. Exigiu também que as mesas eleitorais respeitem o mapa oficial e advertiu que votos em mesas irregulares não serão contabilizados. Apesar das críticas, elogiou a CNE por garantir que os materiais chegaram a tempo às localidades na primeira fase do processo.
Dias da Costa apelou às forças de defesa e segurança para manterem-se neutras e alertou para uma “reação dura” caso continuem detenções de membros da sua candidatura. Pediu ainda atenção da comunidade internacional e dos observadores eleitorais ao desenrolar do processo.
Por: Filomeno Sambú
















