FERNANDO DIAS EXIGE A LIBERTAÇÃO IMEDIATA DO LÍDER DO PAIGC E ALERTA QUE ESTÁ “DETERMINADO” A IR ATÉ AO FIM

Fernando Dias da Costa, um dos candidatos nas eleições presidenciais de 23 de novembro, voltou a exigir a “libertação imediata” de Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), bem como de outras figuras dessa formação política e membros da direção da sua candidatura, detidos no dia 26 de novembro — um dia antes da divulgação dos resultados provisórios pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Num vídeo divulgado na manhã deste sábado, 29 de novembro de 2025, o político avisou que, caso não sejam libertados, ele e a sua equipa serão obrigados a seguir “o mesmo caminho que os golpistas querem que atuem”, afirmando estar determinado a ir até ao fim.

“Somos vencedores das eleições presidenciais. Não há motivos para Domingos Simões Pereira estar detido, até porque não é candidato. Eu sou o candidato e não sei nada sobre golpe de Estado. Foi um golpe inventado, baseado em falsidades, e não podemos continuar a admitir que isso aconteça”, declarou.

Segundo Fernando Dias da Costa, todos os militares detidos na sequência do alegado golpe de Estado de 26 de novembro foram presos com o objetivo de ilibá-los de qualquer responsabilidade e evitar sanções.

O candidato afirmou ainda que todas as “engenharias” para impedir que assuma a Presidência da República serão desvendadas, pois considera-se o presidente eleito e quem vai governar a Guiné-Bissau nos próximos cinco anos.

“Estamos a aguardar pela chegada da comunidade internacional para dar ordens aos golpistas. Estamos numa democracia, e é a versão democrática que vai prevalecer”, frisou.

Fernando Dias da Costa, candidato independente apoiado pelas coligações Plataforma Aliança Inclusiva PAI–Terra Ranka e Plataforma Patriótica Inclusiva API–Cabas Garandi, admitiu que os militares que assumiram o golpe de 26 de novembro não são culpados, mas inocentes, apenas instrumentalizados.

“Acredito que serão todos ilibados desse erro a que foram induzidos. Devem colaborar com a comunidade internacional antes que cheguem as sanções. Muitos de vocês são doentes e não podem tratar-se cá no país”, aconselhou.

O político acusou Umaro Sissoco Embaló de não ter interesse em evitar sanções contra os militares e recordou que, na campanha eleitoral anterior, o ex-presidente teria prometido intervir para levantar sanções impostas aos militares guineenses, promessa que nunca cumpriu.

No vídeo, Fernando Dias da Costa afirmou que a divisão promovida por Sissoco Embaló entre civis chegou ao fim e que é hora de todos trabalharem para reconstruir e desenvolver a Guiné-Bissau.

“É uma pessoa que vive de divisão e intrigas. Tem usado o nome de Domingos Simões Pereira em vários assuntos em que ele nem sequer está implicado. Na campanha eleitoral afirmou que Braima Camará não tem dívidas, quando antes dizia o contrário. É a mesma lógica que quer fabricar o golpe de Estado para imputá-lo a Simões Pereira. Qualquer manobra fictícia contra mim e Domingos Simões Pereira voltará contra quem a fabricou”, afirmou.

Por fim, Fernando Dias da Costa agradeceu ao povo e aos ativistas pela firmeza e determinação neste processo eleitoral.

Por: Filomeno Sambú

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *