ORGANIZAÇÕES CÍVICAS ALERTAM A CEDEAO E COMUNIDADE INTERNACIONAL PARA RISCOS DA “INAÇÃO INTERNACIONAL”

O Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil e a Frente Popular, que reúnem mais de 50 organizações cívicas na Guiné-Bissau, alertam a CEDEAO e a Comunidade Internacional para os riscos da “inação internacional” e reforça que a sociedade civil guineense rejeita qualquer processo de transição, seja conduzido por militares ou por civis.

Em comunicado, as organizações da sociedade civil Classificam o Conselho Nacional de Transição como um “órgão inconstitucional”, criado para legitimar um “falso golpe de Estado” e para “iludir a Comunidade Internacional” sobre a existência de consensos em torno do processo de transição anunciado no dia 26 de novembro de 2025.

Por outro lado, o espaço manifesta a sua indignação perante o anúncio da composição de um “pseudo Conselho Nacional de Transição”, no qual foram nomeados altos responsáveis de algumas organizações da sociedade civil.

Entre os nomeados constam Abulai Djauara, presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis, e Aissatu Camará Injai, presidente da Rede Nacional de Luta Contra a Violência Baseada no Género e na Criança (RENLUV-GC). Ambas as organizações fazem parte do Espaço de Concertação com estatuto de membros de pleno direito.

As organizações consideram que, ao aceitarem integrar o referido órgão, os dois responsáveis comprometem a credibilidade das instituições que representam e violam princípios de legalidade, ética e responsabilidade cívica que devem guiar a sociedade civil.

Diante da situação, o Espaço de Concertação decidiu excluir os dois dirigentes, decisão que recebeu o “inequívoco apoio” da Frente Popular.

O Espaço volta a condenar o alegado golpe de Estado e exige a divulgação imediata, transparente e integral dos resultados das eleições presidenciais e legislativas realizadas a 23 de novembro de 2025.

Por: Tiago Seide

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