Editorial: QUEM É VERDADEIRO BENEFICIÁRIO DA INSTABILIDADE NA GUINÉ-BISSAU?

A resposta a esta pergunta é simples e direta. Os verdadeiros beneficiários da instabilidade política neste país são os políticos, na sua maioria amadores da política, instigadores e arquitetos da nossa infelicidade coletiva. Já não há dúvida quanto a isso. Os políticos guineenses sabem muito bem que são traidores e egoístas. Colocam seus interesses acima dos do povo! Quando inventam uma crise recorrem à estratégia de “corrupção de palavras” para impor a sua vontade de roubar e destruir, embora a tal prática não tenha surtido efeito duradouro. Felizmente para esses amadores de anarquia, o que importa é a felicidade individual em detrimento da almejada prosperidade coletiva.

O posicionamento das forças armadas, tidas até recentemente como principais vetores da instabilidade política deste país, demonstra claramente a irresponsabilidade dos políticos para com a pátria e não dos homens de fardas. A situação vigente no país é prova de que o sofrimento deste povo ainda tem muitos dias pela frente, a menos que os cidadãos decidam assumir, patrioticamente em mãos, o seu destino e fiscalize directamente a gestão do poder político. Uma hipótese para já, infelizmente pouco provável num país onde a maioria da população vive na fronteira da miséria e do obscurantismo.

As décadas de crises recorrentes provaram de que contrariamente aos ditos políticos, o coitadinho povo guineense é a principal vítima de crises inventadas, arquitetadas nos laboratórios sem janelas nem computadores. Em suma, a população está a pagar cada dia que passa custo elevadíssimo resultante da instabilidade política, fruto da ausência de visão, recusa ao diálogo, falta de tolerância e sobretudo ausência de cultura de verdade.  O somatório desses vícios vai mantendo o povo em território sem futuro. Já foram mais de 4 décadas nessa falta de responsabilidade para com a pátria.

As pessoas inventam crise, depois vão fugindo e no final de tudo ninguém aparece para se justificar e, pior de tudo, o povo é impotente. Passivo!

Já está provado que o guineense é acolhedor e bom guardião da tradição da hospitalidade. O grande problema reside na aplicação desta mesma hospitalidade. Enquanto o guineense é bondoso para com o estrangeiro, é mau, intolerante, hipócrita para com seu irmão mais próximo, seu compatriota!

 

 

Por: Redação

 

7 thoughts on “Editorial: QUEM É VERDADEIRO BENEFICIÁRIO DA INSTABILIDADE NA GUINÉ-BISSAU?

  1. Me senti ofendido com a generalização que fizeram de forma a abranger todos os guineenses, dentre os quais estão os pais de vocês e de todos os outros guineenses que provaram humildade perante tudo que tem acontecido no país desde a independência, prova disso é a ausência d uma guerra étnica ou outra natureza no país. Faltaram com respeito toda uma sociedade, por causa de atos inerentes de um pequeno grupo; e embora indesejada, se vocês tivessem dado um pouco mais de peso à razão do que emoção nesse editorial poderiam perceber que estamos vivendo consequências da forma como conquistamos a nossa independência. Mas, enfim não desejei dar uma lição de moral, e sim manifestar a indignação com a generalização desrespeitosa englobando até o mais humilde guineense.

  2. O actual crise politica que nos vivemos hoje unico so responsavel desta situaçao é o PAIGC
    Como podemos ter um partido politico como PAIGC com varios alas, devirgencias constante entre os membros de mesmo partido (PAIGC), hoje temos : PAIGC de Jomav, PAIGC de Simao Preira, PAIGC de Cipriano, PAIGC de Baciro Dja etc, até quando vamos continuar nesta situaçao ?
    Basta esta situaçao, Basta estes gropos malvados que pensa so nos seus interesses nunca tem péna deste povo adoravel que eu amo muito.
    Mas obrigado Deus por que eu acredito e eu sinto que esta nova geraçao podes mudar muitas coisas en Guiné-Bissau.
    Mas para fazer esta mudança nós devemos aceitar a mudar de visao, atitudes, comportamentos e rejeitar entrar no antigo systema de governaçao dos nossos malvados politicos que nao tem a coraçao, péna e respeito por este Povo.
    Eu acredito e você ?

  3. Faço uso das frases que segue:
    QUANDO SE VIVE PRESO AO DINHEIRO, AO ORGULHO OU AO PODER, É DIFICIL ATÉ IMPOSSIVEL SER FELIZ.

  4. O PAIGC não tem culpa de nada! O PAIGC é uma Instituição, não é uma pessoa! As pessoas é que mentem dizendo uma nas campanhas e fazendo outras coisas depois!

    Esta escumalha não é e nunca foi do PAIGC! Esta escumalha veio aproveitar-se da Grandeza do PAIGC para atingir os objectivos! Pois de outra forma não os conseguiriam!

    Portanto não confundam o PAIGC com estes venenos! As pessoas passam e as Instituições ficam! Lamentavelmente, neste momento, o PAIGC não tem uma liderança que possa juntar as alas e nem consiga estruturar o Partido de forma a FILTRAR os “Infiéis”/”Infiltrados”!

    Que Deus abençoe o PAIGC e o Povo da Guiné-Bissau!

  5. Caro Democratas,
    Se tivessem o cuidado de investigaram um pouco mais poderiam constatar que a fonte de instabilidade origina sempre das mesmas pessoas. O que estamos a viver hoje é o mesmo de sempre e são os mesmos actores. Um punhado de pessoas que sempre estão metidos nisso. São os mesmos que fizeram parte do Fórum para derrubar o governo eleito em 2005, os mesmos que criaram o Fórum, são os mesmos conselheiros de sempre na PR.

  6. O PAIGC, desde os primordiais momentos foi a força política dirigente da sociedade Guineense na luta pela libertação da dominação Colonial, após esta etapa conquistamos a independência politica armada através dele, não obstante, hoje o que vejamos neste Partido é uma situação desagradável em que quem queira ou não todo o indivíduo que tenha um pouco dos meios econômicos ou empresarial também é militante ou quer ser líder do mesmo sem ssbermos quem são verdadeiros militantes que possam levar uma formação política de grande dimensão desta em Africa, hoje estamos confrontados com alas no seu seio, e estes próprios abutres políticos tem levado os seus interesses pessoais pondo uma Nação parada nas suas guerras individuais e pessoais sem benefecios nenhum para o martirizados cidadãos. Acho que neste período o Partido tinha que convocar um Congresso Extraordinário,rever todas as regras disciplinares do estatuto do mesmo, se for preciso sancionar ou expulsar fora do partido os mentores da instabiliade do mesmos com uma consulta interna dos miltantes em votações,não quero citar os nomes dos tais agitadore,mas todos nós sabemos quem são os tais…queremos um país com desenvolvimento minimamente onde cada um tenha direito a saúde,ensino,justiça e bem-estar social garantido.Haja paz para a Guiné-Bissau.

  7. Na verdade quando muita gente culpa o PAIGC de tudo o que tem vindo acontecer desde independencia, no meu ponto de vista isto nao significa que estao a culpar o partido de Amilcar Cabral como uma instituicao mas sim, culpa-se os sujeitos, membros e dirigentes de PAIGC, principalmente aqueles que passaram por ai como membros e dirigentes (tambem nem todos eles) mas a maioria deles. Porque a historia tem repetido ao longo dos anos com diferentes sujeitos.

    Pra mim o que esta acontecer agora na nossa patria amada, ja aconteceu, tem acontencido, e nao ha garantia de que nao vai acontecer no futuro, porque o sistema esta viciado.

    Portanto o problema agora esta na procura de uma solucao viavel e duradoura para esta crise. Qual seria a solucao? Kal ki saida?

    Na minha opiniao, deve vir um mediador que vai aproximar as partes. Se nao quem vai aproximar quem? Desde que o PR faz parte do problema, entao e necessario que haja uma outra personalidade pode Presidente Obasanjo mas desta vez ficar ate ultrapassarmos a crise completamente ou entao, outra pessoa. Mas de qualquer modo deve haver quem vai aproximar as partes.
    Mas eu defenderia uma idea de um Governo onde todas as formacoes politicas principalmente o PAIGC, PRS e outra ala dos 15 e ainda outros partidos que teem assento parlamentar, vao participar na formacao de um novo Governo e que devem assinar um pacto de estabilidade ate fim desta legislatura se nao esta IX legislatura ja esta comprimitida.

    Pois, entendo que os politicos Guineenses estao com fome, e todo mundo quer ter onde comer e o bolo nao chega para todos. Vejamos so que, o Estado ‘e o maior empregador, o que nao devia ser. Nao ha grande dinamica do Sector privado entao quem sair do governo nao tem onde ir ou o que fazer e isso leva-os outra vez criarem situacoes de instabilidade para serem chamados mais outra vez a fazerem parte das resolucoes, mediacoes, tchutchiduris, ao mesmo tem apagadores do fogo.

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