O Comité Executivo da União Parlamentar Africana realizou esta sexta-feira, 4 de dezembro, uma sessão especial sobre a mulher, para analisar a situação da violência contra as mulheres e crianças. A referida reunião decorre numa das unidades hoteleiras da capital, sob o tema “luta contra violências feitas às mulheres e crianças”.
Presidindo a cerimónia da abertura da sessão, a vice-presidente do Comité das Mulheres Parlamentares Africanas, Aminata Diallo, disse na sua intervenção que a violência feita às mulheres e crianças é um fenómeno que se observa em todas as culturas, independentemente do meio social, rendimento, da origem étnica ou do quadro geográfico.
Explicou ainda que algumas formas de violências, as vezes toleradas em determinados países, têm origens nas práticas culturais, económicas, sociais e até mesmo ancestrais. Essas violências autorizadas, não deixam de ter consequências devastadoras para a saúde e o bem-estar das mulheres e crianças.
“No domicílio privado é o lugar onde uma grande parte da violência contra as mulheres e crianças se produz e se perpetua. Ou ainda a família é considerada como estrutura, onde os modelos patriarcais podem ser plenamente exercidos e sem restrição, sem nenhum controlo externo”, assegurou.
Aminata Diallo afirmou que as violências feitas as mulheres e crianças são consideradas cada vez mais como uma violação dos direitos humanos.
“cabe-nos a nós, enquanto mulheres parlamentares africanas da UPA, desempenhar o nosso papel. O primeiro eixo de acção deve ser nos nossos Estados respectivos, enquanto legisladoras, refere-se à elaboração de legislação que visam punir os autores e proteger as vítimas de violências cometidas contra as mulheres e crianças, graças à adopção de textos necessários”, contou.
Para a presidente da Comissão Organizadora de Conferência da União Parlamentar Africana (UPA), Dan Ialá, um dos desafios mais importantes no parlamentarismo contemporâneo está não só no reforço da participação activa das mulheres, mas também no fortalecimento da transversalidade das políticas de igualdade de equidade de género desde as políticas orçamentais, passando pelas políticas de defesa até às políticas sociais.
Por: Aissato Só
Foto: Marcelo N´canha na Ritche
















