A Empresa Pública da Electricidade e Águas da Guiné-Bissau [EAGB] cortou, na terça-feira, 17 de Maio, o fornecimento regular de luz eléctrica na cidade Bissau alegando falta de “estoque de combustível”.
Segundo a empresa, o facto deve-se ao congelamento das contas públicas do Estado, deixando o Ministério da Economia e Finanças, principal fornecedor de combustível, sem meios para fazê-lo”.
A situação já provocou transtornos na vida dos citadinos de Bissau. Casas e ruas de Bissau estão sem luz, instituições de Estado não funcionam e o maior centro hospitalar do país “Simão Mendes”, também foi atingido.
“Como medida de precaução, a empresa decidiu proceder a corte no fonecimento regular da luz produzindo pouca energia para pouco consumo. Não temos ainda garantias do fornecedor, como tal vamos restringir o fornecimento apenas à água”, assegura.
As opiniões de bastidores apontam para catástrofe humanitária se a situação da crise política iniciada em Agosto de 2015, prevalecer por mais tempo.
Nos últimos dias a Procuradoria Geral da República congelou todas as contas públicas geridas pelo Ministério da Economia e Finanças e em consequência da medida, a cidade Bissau está “apagada”, com fortes possibilidades de a onda de criminalidade aumentar.
Iussuf Baldé, director-geral da EAGB, justificou a decisão em como o Ministério da Economia e Finanças, principal fornecedor do combustivel à empresa, está com dificuldades financeiras, devido ao congelamento das contas públicas do Estado.
O bloqueio vem na sequência da demissão do Governo de Carlos Correia e a situaçäo já está a ter reflexos directos na actividade económica dos citadinos de Bissau.
Perante a situaçäo de insuficiência no fornecimento da luz e água, Iussuf Baldé aconselha aos citadinos a fazerem uso racional de tudo que estiver a seu alcance, porque segundo disse, a situaçäo pode chegar ao ponto da empresa não poder fornecer nem água.
“Não há garantias de que a situação possa ser resolvida dentro em breve. A situação não depende da EAGB. Não podemos determinar o dia exacto, mas os grupos de geradores estão lá disponíveis e se houver meios financeiros vamos retormar o fornecimento normal da luz e água”, reforça.
No comunicado enviado a O Democrata, a EAGB pede desculpas pelos transtornos que a falta de fornecimento de luz e água está a causar nas actividades dos seus clientes. Contudo, assegura, logo que a crise for ultrapassada, retomará o seu normal funcionamento.
Por: Filomeno Sambú
















