SEDJA MAN PEDE COLABORAÇÃO DE BOTCHE CANDÉ PARA EXECUÇAO DE MEDIDAS DE COAÇÃO

O Procurador-Geral da República, António Sedja Mam, pediu esta terça-feira, 21 de junho de 2016, a colaboração institucional do novo ministro de Estado e do Interior, Botche Candé, em relação à disponibilização de agentes de segurança para execução de eventuais medidas de coação contra dirigentes do país ou qualquer pessoa que tenha proteção política.

A saída de um encontro com o novo Ministro de Estado e do Interior, António Sedja Man disse ter solicitado uma colaboração “mais efetiva e dinâmica” no sentido de estabilizar o país e garantir a segurança aos cidadãos para que ninguém se sinta ameaçado no seu território.

O responsável pelo órgão detentor da ação penal disse que, em resposta às suas preocupações, Botche Candé manifestou a vontade em cooperação com o Ministério Público, sobretudo na vertente da investigação e audição de figuras públicas.

Sedja Man acusa ainda anterior direção do Ministério da Administração Interna do Governo de Carlos Correia de ter cooperado menos em certas matérias que o próprio não especificou.

O antigo Secretário de Estado da Ordem Pública, Luís Manuel Cabral, foi ouvido segunda-feira, 20 de junho, pelo Ministério Público.

Sobre o assunto, o Procurador Geral da República diz não ter informações suficientes por não ser o magistrado responsável pelo processo de audição do ex-secretário de Estado da Ordem Pública, que também é um magistrado do Ministério Público.

António Sedja Man desmente, no entanto, que as notificações da sua instituição contra algumas figuras públicas estejam ligadas às perseguições políticas.

“O Ministério Público é um órgão judicial e faz parte do Poder Judicial. Não se pode vir à Televisão e às rádios todos os dias para informar o andamento dos processos ou indícios que há nos processos, porque os processos judiciais correm sob segredo da justiça para poder preservar a imagem do suspeito”, explica.

Fonte de O Democrata disse que depois de audição na segunda-feira, Luís Manuel Cabral regressou a sua residência sem qualquer medida de coação contra a sua pessoa.

De acordo com a fonte do semanário guineense, a audição do ex-governante estaria ligada ao impedimento, no passado, de entrada dos 15 deputados na Assembleia Nacional Popular.

Outro assunto, adianta a mesma fonte, terá haver com a recusa de mandato de busca e apreensão, que agentes do Ministério Público teriam ordenado no Ministério da Administração Interna e alegada recusa em responder a uma notificação das autoridades judiciais.

Informações judiciais indicam ainda que outra razão da chamada ex-dirigente guineense àquela instância judicial, teria haver com uma orientação dada por Luís Manuel Cabral enquanto Secretário de Estado da Ordem Pública, segunda a qual, ” doravante todos os oficiais superiores do Ministério da Administração Interna passam a ser ouvidos nos seus respectivos locais de trabalho à semelhança de outras instituições com pessoas da mesma categoria”, acrescenta.

 

Por: Filomeno Sambú

2 thoughts on “SEDJA MAN PEDE COLABORAÇÃO DE BOTCHE CANDÉ PARA EXECUÇAO DE MEDIDAS DE COAÇÃO

  1. Numa verdadeira Democracia um jornal Democratico tem que falar, dar opiniao criticar e escrever sobre tudo e nao somente sobre o que acham que o poder gosta. Há materia mas vejo agora até cencura?

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