Editorial: CONSEQUÊNCIAS DA VELOCIDADE DA INFORMAÇÃO NA SOCIEDADE GUINEENSE

A velocidade da informação nos Media das sociedades contemporâneas de dispositivos tecnológicas da mediação simbólica do conhecimento tem colocado o exercício da cidadania na esfera pública nacional numa profunda crise de valores discursivos que criminaliza o próprio Estado em que vivemos que não possui a autenticidade de poder.

A rápida circulação da informação nos Media produziu na nossa esfera pública nacional comentadores e analistas, sobretudo políticos, que demonstram, nas suas análises, que o poder de Estado nunca esteve nem estará nas mãos dos que governaram ou governarão, nem em outros órgãos de Estado consagrados nas leis da República.

No nosso país não faltam os exemplos que provam que realmente a rápida produção e circulação de informação nos Media produziram e instauraram na nossa cidadania comentadores e analistas dos acontecimentos noticiosos que evidenciaram de uma forma clara, com as suas análises e os seus comentários, a acentuação da falta de autenticidade no poder de Estado no nosso país. Ou seja a velocidade de informação fez com que os analistas e comentadores nacionais não se perceberem que não existe ainda no país uma coincidência interna feliz entre as Leis da República e o poder real e legítimo do nosso Estado. Sem essa visão de interpretação dos acontecimentos noticiosos, os seus comentários e as suas análises perderam a dimensão epistemológica na esfera pública nacional.

A rapidez da circulação de notícias nos Media criou na sociedade política nacional um estilo de vida discursiva que espelha a sede real do poder que reina nos partidos políticos como centro social de emprego ligado aos interesses patrimoniais e outros níveis de solidariedade na sociedade. Aliás, é por isso que, os analistas e comentadores nacionais foram socialmente atribuído a função social e a capacidade de mudança do exercício da nossa cidadania discursiva na esfera pública nacional.

Perante a esse décor de cenário de análises e de comentários da rápida circulação de notícias nos Media obrigam os comentadores e analistas negociar, a vista desarmada na esfera pública, os ingredientes das suas análises e dos seus comentários sem ter antes os factos para poderem dar o público o direito de estar em condições de interpretação e de ter uma visão social dos acontecimentos noticiosos.

Esta postura da visão da construção do sentido de valores dos acontecimentos noticiosos que circulam rapidamente nos Media levou e obrigou a nossa sociedade política acreditar que todos actos dos nossos analistas e comentadores têm e devem obrigatoriamente passar pelas estruturas dos grupos de referências com plasticidade partidárias e eleitorais na esfera pública nacional.

Não deixa de ser verdade que foram as consequências da rápida circulação de informação que educou os comentadores e os analistas nacionais a loucura política de desenvolver a análise política com raciocínios perfeitos e rigorosos, mas com as premissas intelectualmente erradas para sustentar pura e simplesmente a solidariedade poliqueira na esfera pública. Os analistas e comentadores nacionais esqueceram que o individuo assumiu, nos campos socias e dos Media a função de construção do sentido dos valores de notícias que circulam nas sociedades contemporâneas de pós-modernas que determinam o conhecimento global a partir da glocalização nacional.

Também não deixa de ser verdade que não temos ainda na nossa cidadania nacional que foram as consequências da velocidade de informação nos Media que levou os analistas e comentadores dos acontecimentos políticos nacionais a contribuir para a falta da autenticidade na análise e comentários nos acontecimentos do Estado que circulam de uma forma rápida nos campos dos Media a nível nacional e internacional. Foi e é esta ausência de autenticidade de análise e de comentários nos acontecimentos políticos noticiosos nacional que produziu na nossa sociedade política um estilo de discurso político de criminalização do nosso Estado.

As consequências da rápida produção e circulação da informação na nossa sociedade que fez emergir na nossa esfera públicos dois indicadores do discurso político da criminalização do Estado que ficaram fora de análises e dos comentários dos nossos analistas e comentadores políticos, porque a rápida circulação de informação esmagou, pura e simplesmente, as suas visões da leitura e de interpretação deste tipo de discurso político dos acontecimentos nos Media.

Há dois procedimentos da gestão da imagem política reveladores de criminalizadora do nosso Estado. O primeiro é o uso para os fins privados dos órgãos legítimos de violência do Estado por grupo dos políticos que estão no poder, e que utilizam ainda a violência como um instrumento ao serviço das suas estratégias de acumulação de riqueza. O segundo e último, tem a ver com a existência de uma estrutura oculta de poder que rodeia e controla aos indivíduos que ocupam os principais cargos oficias no Estado.

Para analisar a produção e a circulação rápida dos acontecimentos políticos nos Media é necessário, primeiro, os analistas e comentadores terem factos para poderem dar, na cidadania nacional, o direito de interpretar os seus comentários e analises na esfera pública os acontecimentos políticos que os Media transformam em notícias nos Media. É necessário também que os comentadores e os analistas dos Talk-Show saibam de antemão distinguir os factos sociológicos dos factos sociais num acontecimento noticioso que circulam no campo dos Media.

Perante este décor do cenário, é sempre útil e necessário que os analistas e os comentadores nacionais se adotem antes das suas análises e dos seus comentários de predicados necessários para poder fazer análise nos Media. Ao invés, se arriscam ser ultrapassados pela velocidade de informação na esfera pública que qualifica a nossa cidadania nacional sem discurso político de criminalização do Estado.

 

 

António Nhaga

Director Geral

antonionhaga@hotmail.com

 

 

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