Os líderes da comunidade islâmica da Guiné-Bissau desdobram-se em contactos com diferentes instituições nacionais e internacionais, às quais pedem que obriguem os dois principais partidos no Parlamento a dialogarem para a saída do impasse no país.
Uma delegação da comunidade islâmica foi hoje recebida pelo chamado P5, espaço de concertação integrada por representantes em Bissau das Nações Unidas, União Europeia, União Africana, Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) e Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Na quinta-feira já uma outra delegação, composta por imãs guineenses foi recebida pelo presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, a quem fizeram o mesmo pedido: obrigar o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e Partido da Renovação Social (PRS) a dialogarem.
Os dois partidos não se entendem quanto aos mecanismos para a marcação da data de debate do programa do Governo no Parlamento, instituição que deixou de funcionar, por se encontrar bloqueada, há mais de um mês.
Para o presidente da União dos Imãs da Guiné-Bissau, Bubacar Djaló, o PAIGC e PRS “devem saber que foi o voto do povo que os colocou no Parlamento” pelo que, disse, devem privilegiar o diálogo para “tirar o país do impasse”.
Em nome do Conselho Nacional Islâmico, Siradjo Bari, enaltece a iniciativa do P5, sublinhando que o grupo “está preocupado” com a Guiné-Bissau cabendo agora os guineenses dar o passo no sentido de “dialogarem com franqueza para acabar com o bloqueio”, observou.
“Se a comunidade internacional quer nos ajudar, nós temos que fazer a nossa parte”, notou Siradjo Bari.
A comunidade internacional, agrupada no P5 tem estado a promover encontros com diferentes segmentos do país, nomeadamente líderes de órgãos de soberania, partidos representados no Parlamento e as chamadas forças vivas da sociedade civil.
A ideia é aproximar as partes neste momento desavindas sobretudo ao nível político refere o coordenador do P5, o representante do secretário-geral das Nações Unidas, o maliano Modibo Touré.
Fonte: Lusa

















