O Porta-voz dos três sindicatos dos professores, o Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), o Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) e o Sindicato dos Trabalhadores das Escolas Superiores da Educação (CIESE), Bunghôma Duarte Sanhá, revelou esta terça-feira, 05 de fevereiro de 2019, que o governo liderado por Aristides Gomes bloqueou os salários de 4.400 (quatro mil e quatrocentos) professores por terem aderido à greve decretada pelos sindicatos.
A revelação foi feita pelo Porta-voz dos três sindicatos de professores, Bunghôma Duarte Sanhá, numa conferência de imprensa realizada na sede da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné em Bissau. Na ocasião, Sanhá disse que os três sindicatos voltarão a paralisar o setor educativo guineense no dia 15 do mês em curso, em protesto contra o não cumprimento do memorando por parte do executivo. Disse que não haverá negociações. Ou seja, a greve só pode ser levantada quando o governo cumprir os 19 pontos do caderno reivindicativo dos professores.
“Numa das reuniões realizadas, o atual primeiro-ministro, Aristides Gomes, afirmou que em caso de os professores voltarem a decretar greve no setor educativo, nenhum professor receberá o seu salário até quando a greve for levantada”.
Por isso, declarou que iriam reiniciar a greve e que o ano letivo poderia ser nulo, apesar de a competência para anulá-lo não ser competência dos professores, informou Bunghôma.
O professor acrescentou que o memorando de entendimento assinado em janeiro referia-se ao pagamento aos professores e à publicação da Lei da Carreira Docente no boletim oficial, aprovada e promulgada antes da lei de paridade que hoje está a ser aplicada, sobretudo nas listas dos partidos políticos.
Bunghôma Duarte Sanhá assegurou que a falta de cumprimento por parte do patronato, neste caso o governo, empurrou os professores para esta nova greve no setor educativo guineense.
“Quando foi assinado o memorando de entendimento para a suspensão da greve, o ministro da educação recebeu orientações que deveria estabelecer uma nota de informação, mandando ao ministério da função pública resolver o problema da reclassificação dos professores como também a mudança de letras, mas não foi o caso. A comissão criada para dar seguimento ao memorando não está a funcionar.”
Portanto, o que é que as pessoas querem que professores façam? Claro que é avançar com para uma greve, lamentou Bunghôma Duarte Sanhá.
Por: Aguinaldo Ampa
É vergonhoso e incompreensível a tomada de posição dos nossos governantes.se é que na a afirmação do porta voz dos professores corresponde a realidade, de eles bloquearam o salário de mais de quatro mil professores.
Para quando o governantes guineenses terão noção que servir uma Nação não é sinónimo da guerra, mas sim criar espaço de concertação e de diálogo permanente.É impensável que um bom servidor do Estado seja Polémico, intolerante, inflexível, arrogante ou rebelde.
Ele deve ser tolerante, longamine, humilde,atento no ouvir, altruísta e demais qualidades que interessam os cidadãos.
Se qualquer um é chamado para uma missão de responsabilidade como a de servir e, apriori sabe que não está preparado é melhor abdicar do que aceitar, e depois, não consegue realizar nada porque está em contendas.
Para que servirá o Ano Lectivo em curso se os professores voltarem para grave? Mas nem por isso, alguém entende que a sua missão não é de servir alunos,mas cancelar o salário o dos professores.
Ele ignora que o não pagamento dos salários aos professores, não é algo novo na Guiné.Eles já passaram nove meses no ano 2003 sem salário mas sobreviveram. Quem sairá mal na fotografia desta telenovela “Sindicato-governo”, não deixarão de ser governantes. Porque a lei que tentam evocar é clara, se alguém não trabalho não deve ser pago. Mas antes de tudo, a sua dívida de ser paga totalmente e depois é que se desconta.
Se o governante faz contas o resto tempo que lhe resta para deixar o lugar, chegará conclusão que os indivíduos passam mas as instituições ficam, pelo que de nada serve travar guerra com os professores para os alunos sofrerem.
No que tange a carreira docente, o governo de parar e refletir, pois aquilo já tornou uma lei. Tentativa de travar o seu normal encaminhamento, com vista a publicação no boletim oficial e consequentemente aplicação, é provocar o novo conflito laboral.