LÍDER DE MADEM DENUNCIA EXPORTAÇÃO DE 38 MIL TONELADAS DE CASTANHA DE CAJÚ SEM PAGAMENTO DE IMPOSTOS

O Coordenador Nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G 15), Braima Camará denunciou na tarde de quarta-feira, 15 de janeiro de 2020, que  mais de 38 mil toneladas de castanha de cajú foram exportadas sem o pagamento de impostos, como também foram retirados dos portos de Bissau, com o conhecimento das alfândegas, 500 contentores sem pagar os devidos impostos. 

Camará fez estas denúncias numa conferência de imprensa naquela que é a sua primeira reação, depois da públicação dos resultados provisórios que dão vitória ao candidato Úmaro Sissoco Embaló, mas que está a ser contestada na justiça pelo candidato derrotado, Domingos Simões Pereira, alegando  irregularidades. 

A conferência de imprensa que decorreu numa das unidades hotaleiras da capital Bissau, reuniu dezenas de pessoas  incluindo dirigentes do partido bem como responsáveis dos partidos políticos e candidaturas que apoiaram Sissoco Embaló. 

No seu discurso, para mostrar aos militantes a posição e a estratégia do partido, Braima  Camará referiu que o projeto político que lidera marcará a história da democracia no país e  o início  de uma mudança histórica  da Guiné-Bissau, como também celebra o fim da história de Cacheu, do mito de vários anos e de uma criatura, que rejeita aceitar resultados  eleitorais expressos pelo povo nas urnas a 29 de dezembro de 2019.

Assume, no entanto, que doravante o seu partido começará a dar exemplos da “maturidade política” e estar à altura dos desafios para garantir a paz, reconciliação, justiça e o desenvolvimento que o povo guineense merece.

Sobre a denúncia da exportação da castanha sem pagamento dos impostos e da retirada dos contentores, garantiu que vai trabalhar em sinergias com o Presidente eleito, Úmaro Sissoco Embaló no sentido de garantir a tolerância zero à corrupção, ao tráfico de droga e à delinquência na Guiné-Bissau, porque segundo disse: “o povo merece viver com dignidade”.

Afirmou ainda na sua comunicação que ambição dos dirigentes do MADEM, depois da eleição de Úmaro Sissoco Embaló, como Presidente da República, é tornar agora o Movimento  na primeira força política da Guiné-Bissau.

Para coordenador do Movimento, o único partido em condições de congregar todos os guineense e promover uma agenda nacional é MADEM-G15, por isso será um projeto virado à sociedade, inclusivo, sem raça, religião e de união para consolidação da paz e estabilidade nacional. Braima Camará reconhece que o partido não teve número dos deputados que perspectivava nas legislativas de março de 2019, porque não fez cabalmente o trabalho de casa.

O líder do Movimento para a Alternância Democrática garante neste particular que o partido jamais defraudará a confiança que o povo depositou nos seus quadros e no partido e pede igualmente ao PAIGC que dê benefício de dúvida ao povo e a mais de 53% dos eleitores que confiaram  os seus destinos ao Úmaro Sissoco Embaló.

Agradece a todos quanto apoiaram Sissoco Embaló, porém, reconhece que no meio de tudo o que aconteceu durante processo, não era possível ganhar as eleições nas circunstâncias em que o processo foi preparado e controlado pelo PAIGC, a campanha de luxo do candidato adversário, e, sobretudo numa altura em que o tesouro público foi colocado à disposição de um partido.

Neste sentido, pede ao PAIGC e ao seu candidato, Domingos Simões Pereira, a serem, pelo menos uma vez na vida, coerentes e aceitarem o veredito final, “a mudança histórica na Guiné-Bissau”.

Por: Filomeno SambúFoto: F.S

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