EDITORIAL: JORNALISTAS PEDEM JOMAV FORMAÇÃO EM GAMBIA OU EM SÂO TOMÉ.

Quando as pessoas são bem informadas, elas podem ser confiáveis com seu próprio governo e Presidente da República. Porque não costumam aceitar provas que sustentam as crenças pré-concebidas e ignorar provas contra elas. Tudo, porque a parte de cérebro mais fortemente associada ao raciocínio, as vezes, está sempre adormecida e a parte associada as respostas emocionais está mais ativa.

É o que poderia acontecer com qualquer estudioso nacional de Ciências de Comunicação e Jornalismo, quando os homens dos Media pediram ao Presidente da Republica José Mário Vaz (JOMAV) a promoção de uma formação da classe em Gambia ou em São Tomé e Principe. Pedir ao Presidente da República formação de Jornalista em Gambia ou em São Tomé e Príncipe é ativar as crenças pré-concebidas de que o que é nacional não é bom. Até parece que a parte do cérebro responsável pelo nosso raciocínio está adormecida e só funciona apenas a parte emocional que cede respostas sem uma leitura nomotética.

Fica-se com a ideia de que a rápida difusão da substituição, em todo o mundo, do conceito de liberdade de informação pelo acesso à informação surpreendeu de forma dramática, os Media e os homens dos Media nacional ao ponto de não se perceberem que estão a querer trazer mais encargos para o Orçamento Geral de Estado ao pedir ao Presidente da República que use a sua influência junto do governo para promover formação de jornalistas fora do país numa altura em que o crescimento económico é quase nulo no nosso país.

O nosso país tem as Universidades que tem. Mas, também não deixa de ser verdade que a formação de dez ou quinze jornalistas de órgãos públicos e privados em São Tomé e Príncipe ou em Gambia custará, com certeza, aos cofres do Estado muito dinheiro de que formar 50 jornalistas na Universidade Lusófona da Guiné ou Colinas de Boé. Os 50 jornalistas em formação na Universidade Lusófona da Guiné, poderão, pelo menos, trabalhar um período por dia. Se tiverem aulas de manhã poderão trabalhar a tarde, vice-versa. E mais, poderão resolver outros problemas dos seus familiares. Na Universidade nacional não pagarão alojamento, alimentação nem viagem. Pagarão apenas 25 mil Francos CFA, para apreender, na nossa convição, em melhores condições tudo aquilo que se podem aprender nas outras Universidades Internacionais.

Não obstante, as constantes instabilidade, o nosso país está hoje, minimamente, adotado de quadro nacional na Ciências de Comunicação e Jornalismo capazes de promover uma formação no jornalismo de qualidade no novo campo de jornalismo nacional. A prova disso, o nosso país é membro da Confederação das Ciências de Comunicação da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).

Nós, os homens da Ciências de Comunicação e Jornalismo da Guiné-Bissau estamos, sem margem para dúvida, em virtude da mutabilidade dos géneros jornalísticos que acompanha o desenvolvimento da prática da nossa profissão, em condições produzir conteúdos programáticos aceite internacionalmente e enquadrado nas necessidades da nossa própria sociedade. Porque, tal como os nossos colegas de Angola, de Senegal e da Nigéria, estamos em condições, como guineenses, de contribuir na territorialização de Género jornalístico para uma Estratégia Nacional de Comunicação para o Desenvolvimento que produz notícias confiáveis e contextualizada na nossa querida Guiné-Bissau.

Na nossa convição as Universidades nacionais são capazes, no âmbito dos Media, incluindo a Comunicação do terceiro setor, produzir um programa de formação de jornalistas na Comunicação para o Desenvolvimento que permita a produção de notícias capazes de oferecer a nossa sociedade a informação confiável e contextualizada que define, de maneira pluralista, a agenda das prioridades nos debates públicos e exercer um controlo social em relação ao governo e ao público em geral.

Senhor, Presidente nem sempre quem aparece para nos ajudar quer o nosso bem. Aliás, quando a esmola é grande o povo desconfia. Por outro lado, se queremos nós próprios guineenses escrever a nossa nova página de história devemos valorizar o que é nacional. Em relação a qualidade do produto nacional de Ciências de Comunicação e Jornalismo Nacional, a Televisão Nacional é um exemplo da visão da nossa academia de Ciências de Comunicação e Jornalismo. Por outro lado, já há alguns prémios de jornalismo promovidos por algumas organizações nacional e internacional que foram conquistados pelos jovens jornalistas formados “Tchonalmente” nas Universidades: Universidade Lusófona e Colinas de Boé.

Não há nada que nos garante que formar em Gambia e em São Tomé e Príncipe é sinónimo da garantia de produção de uma informação que oferece a nossa população uma qualidade de vida humana. Porque na realidade quem entrar e sair numa Universidade quer nacional e internacional, sem que a própria Universidade entre nele, não reunirá as condições técnicas universalmente aceite para ser jornalista: não saberá, sem dúvida, distinguir um facto de um acontecimento.

Quem não sabe distinguir um facto de um acontecimento, mesmo estudando nas melhores Universidades do mundo não pode ser jornalista em qualquer país do mundo. Infelizmente, talvez seja jornalista na nossa querida Guiné-Bissau, porque estudou em Gambia e ou São Tomé e Principe.

Por: António Nhaga

Diretor-Geral

E-mail: antonionhaga@hotmail.com

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