A ligação aérea da TAP entre Lisboa e Bissau só será retomada quando houver mais do que um “papel assinado” para garantir a segurança dos voos, disse hoje à Lusa o secretário de Estado português dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
“Não basta que haja um papel assinado. As operadoras e os países têm acordos para fazer os seus voos, nesses acordos há um conjunto de boas práticas” e tem que haver “garantias de que são cumpridas”, afirmou Luís Campos Ferreira em Bissau durante uma visita oficial ao país, a primeira depois do golpe de Estado de abril de 2012.
Na terça-feira, Campos Ferreira disse que queria os voos diretos retomados “o mais rapidamente possível”.
Hoje, questionado pela Lusa sobre as condições em causa, o secretário de Estado detalhou que há medidas de segurança no terreno que têm que ser avaliadas e que “envolvem as autoridades” – sendo que “a última decisão cabe sempre à operadora TAP”.
“É cedo para entrar na malha fina disso”, referiu quando questionado sobre quais os pormenores da segurança que devem ser alterados, preferindo realçar que há “uma vontade muito clara de ambas as partes para que isso seja resolvido”.
“É nossa convicção que o novo governo da Guiné-Bissau a seu tempo vai reunir essas condições e garantias”, concluiu.
“Esta visita não se reduz a isso, não podemos correr o risco de afunilar as necessidades da Guiné-Bissau, que são muitas, à questão dos voos diretos”, acrescentou.
A TAP suspendeu em dezembro de 2013 a ligação Lisboa-Bissau depois de a tripulação de um avião ter sido coagida por forças de segurança guineenses a levar 74 passageiros ilegais para Lisboa.
Fonte: Lusa