A Rede Nacional dos Intervenientes no Setor de Alfabetização e Educação Informal (RENISAENF-GB) entregou ontem, 28 de dezembro, um Poço Melhorado com capacidade de produzir sete mil litros de água por dia à comunidade de Ilhéu do Rei.
O referido poço garantirá a água potável para a comunidade da pequena ilha que dista a menos de dez minutos de Bissau numa viagem de piroga com motor fora de bordo. Os quatro centos noventa e três (493) habitantes daquela ilha deparavam com enormes dificuldades de acesso à água para beber e fazer outras necessidades básicas o que lhes obrigavam a deslocarem-se a capital Bissau à procura deste líquido precioso.
Na cerimónia da inauguração e de entrega do Poço Melhorado, o Diretor Executivo da RENISAENF-GB, Pedro Gomes contou que a sua organização vocacionada à alfabetização realizou um estudo para inteirar-se da situação daquela comunidade que faz parte do Setor Autónomo de Bissau (SAB).
Dados recolhidos, indicam que a pequena ilha da capital guineense não dispõe de um único centro de saúde, de transporte marítimo; sem poço e sem estabelecimento escolar, fato que Pedro Gomes considera de alarmante.
A construção do referido poço custou mais de sete mil euros, sendo a maior fatia doada pela Embaixada da Austrália em Portugal que desembolsou cinco mil e duzentos e cinquenta Euros (5.250) e a RENISAENF-GB disponibilizou o valor complementar.
RENISAENF-GB promete construir, a partir de janeiro do próximo ano, quarenta e cinco (45) latrinas melhoradas, ou seja, a organização pretende afetar cada família da pequena ilha de Bissau com uma casa de banho, se tudo correr como planeado.
O próximo passo da RENISAENF-GB será de equipar o centro de saúde do setor de Empada, através do projeto aprovado pela Embaixada australiana, no qual a maternidade do referido hospital no Sul da Guiné-Bissau beneficiará a partir do início de 2017 de quinze berços e quarenta e cinco espumas.
Em representação do comité de gestão local, Domingas da Silva disse que o poço melhorado minimizará a dificuldade de acesso à água que Ilhéu do Rei enfrentava, obrigando os habitantes a deslocarem-se a Bissau. Da Silva apelou as outras organizações a seguirem o mesmo exemplo.
Administrador de Ilhéu do Rei, Castigo Cá considera que o poço melhorado vai diminuir o sacrifício da população da ilha, mas deixou claro que aquela fonte é insuficiente para as três tabancas que compõem a pequena ilha de Bissau, lembrando que a ilha tinha apenas um poço, fato que obriga as pessoas a deslocarem-se frequentemente para Bissau a fim de procurarem a água.
Por: Sene Camará
















