EDUARDO SANHÁ ADVERTE QUE “MILITARES NÃO SÃO BEBÉS” PARA SEREM INFLUENCIADOS POR POLÍTICOS

O Ministro da Defesa Nacional, o General Eduardo Costa Sanhá, advertiu ontem, 09 de maio 2017, que os “militares não são bebés” para serem influenciados por políticos para uma eventual subversão da Ordem Constitucional, tendo acrescentado que os militares “são pessoas maduras que têm as suas consciências e sabem o que querem e quais as suas missões”.

O titular da pasta da defesa e que igualmente serviu do porta-voz do Conselho da defesa Nacional falava aos jornalistas, depois de uma reunião que decorreu nas instalações do Palácio da República em Bissau.

Explicou à imprensa que a reunião tinha como objetivo confirmar a proposta de promoções do Conselho do Chefe de Estado Maior de alguns militares.

“Trata-se do Chefe de Estado-Maior de Exército que passa a ser agora General de duas Estrelas, do vice-Chefe do Estado-Maior e do Chefe da Casa Militar da Presidência da República, ambos promovidos para General de uma Estrela. Foi isso que legitimamos nessa reunião do Conselho de Defesa presidida pelo Comandante Supremo das Forças Armadas”, espelhou o ministro da defensa nacional.

O responsável da pasta de defesa nacional informou que a reunião do Conselho de Defesa não tinha nenhuma ligação com o processo da retirada da força da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (ECOMIB) que está no país para garantir segurança aos responsáveis das instituições de Estado, mas acrescentou que serviu para analisar a movimentação normal no seio das forças armadas.

“As promoções dizem respeito às movimentações normais de qualquer força armada. Por isso não posso confirmar a retirada de ECOMIB do país neste momento. Isso poderá ser objeto de outra conversa. Sendo assim, defiro estas informações para outra ocasião. O governo está tranquilo, esperando um momento propício em que poderá falar sobre esta questão”, contou.

Eduardo Sanhá assegurou que a promoção dos militares tem a ver com o seu agendamento e disse que os militares estão caladinhos nos quartéis e subordinados ao poder político, sem nenhuma interferência na política. Contudo, lembrou o elegio das organizações internacionais relativamente ao papel desempenhado pelas forças da defesa na crise política e parlamentar que se vive no país, há cerca de dois anos.

 

 

Por: Aguinaldo Ampa 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *