As forças de segurança voltaram a impedir a realização da manifestação popular agendada para esta manhã, 15 de julho 2017, pelo Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI), alegando que não tinha nenhuma autorização para garantir a segurança dos manifestantes.
Inconformado com a situação, o segundo porta-voz do MCCI, Sumaila Djaló, apelou em conferência de imprensa, o povo guineense para se levantar contra a instauração da “ditadura” no país.
Os responsáveis do movimento juntaram-se nas primeiras horas desta manhã na retunda do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira a espera de maior número de manifestantes para iniciar a marcha, mas as forças de seguranças apareceram no local e desperdiçaram os presentes.
Os jovens decidiram promover uma conferência de imprensa que decorreu nas instalações da Casa dos Direitos em Bissau.
O grupo denunciou o que qualifica de tentativa do actual regime e do Presidente da República, José Mário Vaz, de impedir a realização de todas as formas de manifestação. Alguns jovens exibiram no local dísticos e outros com lenços brancos, gritando palavras de ordem: “Jomav Rua; Abaixo tirania.”
O segundo porta-voz do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados, Sumaila Djaló, voltou a exigir a renúncia de José Mário Vaz do cargo do Presidente da República, “mas antes precisa dissolver Assembleia Nacional Popular (ANP) e consequentemente exonerar atual governo liderado por General Umaro Sissoco Embaló, de forma a instituir novo executivo dentro de quadro institucional que encarregar-se-á da realização de eleições gerais”.
Djaló considera ainda de vergonhosa a atitude das forças de segurança que impediram a sua organização de realizar a manifestação.
“Queremos exortar o povo guineense para não admitir que o Presidente da República, institua a ditadura no país e fazer calar toda gente. Sendo assim, as manifestações do Movimento do Cidadãos Conscientes e Inconformados vão continuar para sempre”. disse Sumaila Djaló.
LIGA ADMITE INSTALAÇÃO DO “REGIME DE TERROR” NO PAÍS

Para o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva, é chegada a hora de todos os guineenses patriotas a levantarem-se contra qualquer tentativa de instalação da ditadura no país.
“Acordamo-nos está manhã e vimos os aparatos de segurança bem equipados até ao pescoço para proibir os cidadãos livres que querem expressar os seus sentimentos. Pela primeira vez na história da Guiné-Bissau que a Casa dos Direitos foi invadida pelos agentes da força de segurança, a mando do Ministério do Interior. O povo deve levantar-se e dizer basta a ditadura na pátria de Cabral”, assegurou.
O ativista guineense afirmou neste particular que “o que está ser assistido no país neste momento é prenúncio de instalação do regime de terror, medo e restrição das liberdades fundamentais dos cidadãos”.
“Fomos informados ontem a noite pelo Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados que o Ministério do Interior tinha dado anuência para a realização da manifestação na data de hoje sábado, mas depois desta anuência quis efetivamente impedir a realização da marcha. De imediato reunimos com o Secretário de Estado da Ordem Pública e Comissário Geral Adjunto que nos transmitiram a preocupação do Ministério em relação à segurança dos manifestantes, então nós replicamos ao Secretário de Estado que do ponto de vista legal, não havia nada que pudesse impedir a manifestação, porque foram preenchidos todos os requisitos legais para a sua realização, mas ainda assim sem fundamentos, insistiram que não havia condição”, informou.
Entretanto, o Jornal O Democrata tentou ouvir a reação do Comissariado Geral da Polícia de Ordem Pública, mas sem sucesso.
Por: Aguinaldo Ampa/Assana Sambú
Foto: Sene Camará



















Cidadãos inconscientes, será que duas dúzias podem fazer Renúnciar-se? Vocês são mesmo inconscientes, em meu nome não !se faz favor