UNIÃO EUROPEIA E PARCEIROS DIVULGAM ACORDO DE FINANCIAMENTO DO PIMI NO PAÍS

A União Europeia e os parceiros divulgaram esta quinta-feira, 05 de Outubro 2017, o acordo de financiamento da segunda fase do Programa Integrado para a Redução  da Mortalidade Materno-Infantil na Guiné-Bissau (PIMI 2). O evento está no âmbito da continuação do apoio da União Europeia ao PIMI 2 iniciado em julho de 2013 com a duração inicial de três anos.

O projecto visa diminuir a mortalidade das crianças menores de 5 anos  e das mulheres grávidas, através da gratuitidade das consultas e medicamentos.

Os dados da UE indicam que a avaliação externa do programa, feita em 2016, recomendou a sua continuação e cobertura nacional para os próximos quatro anos (2017-2021).

O programa deve beneficiar mais de seiscentas mil pessoas, nomeadamente, crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas. Tem uma área sanitária de intervenção de 133 estruturas de saúde distribuídas pelas 9 regiões do país, como também a nível comunitário , por meio de formação e apoio aos Agentes  de Saúde Comunitária (ASC).

Dirigindo-se ao Ministro da Saúde Pública guineense, o Delegado da União Europeia no país, Vitor Madeira dos Santos,  revela  que apesar de algumas melhorias, o programa encontra-se também confrontado com uma série de desafios que podem limitar a realização  dos seus objetivos tais como a falta de adesão dos serviços de saúde à política de gratuitidade promovida pelo Ministério da Saúde e implementada através de programas como o PIMI, bem como abolir os pagamentos ilícitos.

UNICEF DISPOSTA EM REDUZIR PERDA DE VIDAS DAS MULHERES E CRIANÇAS NA GUINÉ-BISSAU

No seu discurso, a Representante da UNICEF na Guiné-Bissau, Christine Jaulmes, reiterou o  compromisso da UNICEF na redução da taxa da mortalidade das mulheres e crianças  da Guiné-Bissau.

Contudo, realça que pela primeira vez na Guiné-Bissau, um programa engloba 11 regiões sanitárias e através do mesmo programa, todos os centros de saúde do país vão poder beneficiar  de reforço dos seus sistemas  de gestão  e vão ser abastecidos  com medicamentos.

Carlitos Barai: “SUCESSO NA REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL DEVE-SE AOS TÉCNICOS DA SAÚDE”

Por sua vez, o Ministro da Saúde Pública, Carlitos Barai, afirma que o sucesso do PIMI e consequente redução da mortalidade materno-infantil é indissociável do reforço da  capacidade dos profissionais de saúde e diz acreditar que a respetiva atualização  de conhecimentos e o reforço de competências técnicas garantirão uma maior  e melhor capacidade de resposta aos casos clínicos  e melhor adaptação às alterações  do perfil epidemiológico o que, na sua ótica, se traduz  na melhoria substancial dos cuidados prestados.

Fazendo uma radiografia da situação sanitária guineense,  Carlitos Barai lembra que o Inquérito aos  Indicadores Múltiplos de 2014, apontava  que a taxa de mortalidade infantil de crianças de 1 ano era de cerca de 55 mortes por cada 1000 (mil) nascimentos e que a mortalidade materna rondava o valor de 900 (novecentos ) por cada 1000(mil) nascidos.

O custo total da segunda fase é estimado em mais de 14 mil milhões de Francos CFA, sendo 88% do montante total financiado pela União Europeia e os restantes 12% pelos parceiros associados ao programa (UNICEF, IMVF, EMI) – Agência da ONU para a Infância, “Entraide Médicale Internacionale” e o Instituto Marquês  Vale Flor , respetivamente.

Entretanto, inicialmente o programa foi implementado nas regiões de Biombo, Cacheu, Oio e Gabú. Mas, a partir de 2015 as restantes regiões da Guiné-Bissau também foram implicadas no âmbito do programa União Europeia Saúde (UE-SAÚDE).

 

 

 

Por: Filomeno Sambú

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