Campanha de cajú 2018: JOMAV ANUNCIA PREÇO BASE DE MIL FRANCOS CFA POR QUILOGRAMA

O Presidente da República, José Mário Vaz, anunciou hoje, 24 de março 2018, mil francos FCFA [1,5 euros] o preço base por um quilograma da castanha do cajú. Na ocasião, Chefe do Estado, aconselhou os produtores a abrirem contas nos bancos comerciais, por forma a pouparem os dinheiros obtidos na venda da castanha de cajú e investirem nos projetos rentáveis.

A cerimónia de abertura oficial da campanha de comercialização e exportação do ‘Ouro’ guineense decorreu na cidade de Gabú, considerada a segunda maior cidade económica da Guiné-Bissau. O evento contou com a presença do Primeiro-ministro, Artur Silva, membros do governo demitido, Conselheiros, autoridades regionais e tradicionais bem como responsáveis das duas Câmaras do Comércio e do presidente da Agência Nacional de Cajú (ANCA).

Presidindo a cerimónia de abertura da campanha de comercialização da castanha de cajú, José Mário Vaz, apelou o executivo para dar uma maior atenção a fileira do cajú, dado que é um dos sectores importantes para o crescimento da economia guineense.

“A campanha de caju é o nosso primeiro produto, em termos de exportação. Nos últimos anos, apresentou-se como um dos produtos estratégicos e mais dinâmicos da nossa economia, acabando por substituir a mancara no período colonial. O valor das suas exportações tornou-se muito importante na formação do nosso Produto Interno Bruto, na entrada de divisas para o país e também para algumas famílias é oportunidade única na obtenção de rendimentos para o sustento da família”, notou o Presidente da República.

Vaz apelo aos produtores Guineenses a cuidarem deste produto estratégico para o país.

“É com muito orgulho, que tomei conhecimento de que foi comprovado a boa qualidade da nossa castanha de caju – amêndoa de caju da Guiné-Bissau é considerada uma das melhores do mundo”, assegurou.

Chefe do Estado referiu que a campanha do ano passado, teve impacto direto e indireto na economia familiar, ou seja, constatou-se um aumento significativo do poder de compra das famílias. José Mário Vaz estima que, segundo as previsões de 200 mil toneladas, em 2018, os produtores de caju vão arrecadar qualquer coisa como 200 mil milhões de francos cfa que considera de muito dinheiro. Por isso apela colaboração dos produtores com as autoridades no sentido de cumprir com o lema da campanha deste ano: “Tolerância zero à saída clandestina do cajú guineense para o exterior”.

“Este ano, será o ano de consolidação do poder económico daqueles que sempre perderam tudo ao longo destes anos. A castanha de cajú é do produtor e deve ser ele o primeiro beneficiário para o bem de todos. A pedido dos régulos e o apelo da população em geral o preço para 2018 da castanha de cajú é de mil francos CFA. Está oficialmente aberta a campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú 2018”, assegurou.

O vice-presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau, Mama Samba Embaló, lembra que o país é o quarto produtor mundial e com uma boa qualidade da castanha, mas lamentou que o produto transformado localmente nem chega dez por cento da produção total.

O Governador da Região de Gabú, José Carlos Macedo, fez um lembrete ao Chefe de Estado quanto a sua promessa de construir a estrada que liga a cidade de Gabú e o sector de Pirada, que segundo a sua explicação está no estado avançado da degradação e precisa de uma intervenção urgente para a sua reabilitação antes da época da chuva. Acrescentou ainda que o troço que liga o sector de Gabú e Pitche e que se estendeu até Burumtuma também precisa de ser reabilitado.

 

 

Por: Assana Sambú

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