O Primeiro-ministro, Aristides Gomes, disse que a Guiné-Bissau tem que se reerguer e assumir a sua verdadeira dimensão para que possa ter o seu papel no desenvolvimento global da humanidade a que pertence. Gomes fez estas declarações depois de ter cumprido o seu direito cívico de votar no círculo eleitoral 24, distrito eleitoral nº 22, mesa de assembleia de voto nº 01.
Gomes reconheceu que, desta vez, o processo da organização de eleições decorreu num contexto de tensão, de modo que “cada ator político, por estar tenso, estava vigilante, portanto havia uma situação de crise”. E acrescentou que o processo foi difícil, tendo obrigado a intervenção da comunidade internacional para testemunhar e acompanhar a Guiné-Bissau.
“Depois desta travessia do oceano, agora estamos na praia. No entanto, não podemos morrer na praia, temos que sair da praia. A Guiné-Bissau tem que se reerguer e assumir a sua verdadeira dimensão para que possa ter o seu papel no desenvolvimento global desta humanidade a que pertencemos”, advertiu.
Questionado sobre a apreensão histórica de 789 quilogramas da droga pela Polícia Judiciária nas vésperas das eleições, disse que teve o privilégio de pilotar todo o processo de investigação que culminou com apreensão.
“Mais uma vez estamos a demostrar que as nossas instituições têm potencialidades. Nós não somos um Estado tão frágil ou pobre como as pessoas pensam. Temos potencialidades, quadros e gente que pode ser honesta. A partir de momento em que nós conseguirmos criar condições de trabalho e de existência melhores de que aqueles que nós conhecemos, podemos ter gente de fato determinada a construir um verdadeiro Estado virado para o desenvolvimento”, observou.
Sobre os acontecimentos de ontem na cidade de Gabú que levaram alguns militantes e dirigentes de algumas formações políticas a invadir o hotel onde estava hospedado, Aristides Gomes responsabilizou os dois candidatos a deputado do Partido da Renovação Social (PRS) que, segundo a sua explanação, instigaram e ameaçaram-no publicamente e que acabaram por concretizar as suas ameaças naquele dia. Assegurou neste particular que o incidente não pode comprometer o processo, tendo frisado que todos os guineenses têm que ter a consciência que um grupo ou dois pequenos grupos não podem comprometer o futuro da Guiné-Bissau.
Por: Assana Sambú e Epifania Mendonça
Foto: Marcelo Na Ritche



















