CEDEAO CONSIDERA ILEGAL DECRETO QUE DEMITE GOVERNO DE ARISTIDES GOMES

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) considerou esta terça-feira, 29 de Outubro, ilegal o decreto presidencial que demitiu, na segunda-feira, o Governo da Guiné-Bissau, reiterando o apoio da organização ao primeiro-ministro Aristides Gomes.

“Relativamente ao decreto presidencial nº 12/2019 de 28 de outubro, demitindo o governo atual dirigido pelo primeiro-ministro Aristides Gomes, cujo caráter ilegal é evidente”, a CEDEAO “lembra que este governo resulta de decisões da cimeira” de 29 de junho de 2019, adianta a organização, em comunicado.

Na mesma nota, a CEDEAO expressa “grande preocupação pela evolução recente da situação política na Guiné-Bissau” e reitera “todo o seu apoio ao primeiro-ministro Aristides Gomes e ao seu governo”.

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, demitiu na segunda-feira o Governo liderado pelo primeiro-ministro, Aristides Gomes, após uma reunião do Conselho de Estado, justificando a decisão com o que considera “uma grave crise política” que põe em causa “o normal funcionamento das instituições da República”.

José Mário Vaz, que concorre como independente às presidenciais de 24 de novembro, responsabiliza o Governo pelo agravar da discórdia e desconfiança no processo de preparação das eleições, depois da repressão de um protesto não autorizado pelo Ministério do Interior, em Bissau, ter causado um morto.

Entretanto, o chefe de Estado nomeou como novo primeiro-ministro Faustino Imbali, que deverá tomar posse ainda esta tarde.

CEDEAO ameaça com sanções para quem travar eleições presidenciais

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ameaçou aplicar sanções a quem perturbar o processo para as eleições presidenciais de 24 de novembro, na sequência do decreto presidencial de demissão do primeiro-ministro Aristides Gomes.

“Todos que, de alguma maneira, travem o progresso harmonioso do processo eleitoral atualmente em curso com vista às eleições presidenciais de 24 de novembro serão sujeitos a sanções”, adiantou a CEDEAO em comunicado.

No mesmo comunicado, a organização, que considera ilegal o decreto presidencial de demissão de Aristides Gomes, adianta que a CEDEAO e os outros parceiros “empenhados há longos anos no regresso da Guiné-Bissau à estabilidade e à paz, não podem aceitar qualquer ação suscetível de comprometer” essa paz e a estabilidade no país.

In lusa


1 thought on “CEDEAO CONSIDERA ILEGAL DECRETO QUE DEMITE GOVERNO DE ARISTIDES GOMES

  1. Meus irmãos e compatriotas guineenses, estejam tranquilos porque se isto esta a acontecer na Guiné-Bissau o culpado é a CEDAO,A razão porquê:Se terminar o mandato do presidente da República, ele perde a imunidade politica .Automaticamente é substituído pelo presidente da Assembleia Nacional até a eleição Presidenciais.

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