O diretor-geral do Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação (INDE), Jorge Sanca, anunciou que o governo vai experimentar novos manuais escolares para o ensino básico, ou seja, só para o primeiro ano escolar este ano letivo. Para a fase de experimentação estratégica foram selecionadas cinco regiões, SAB, Cacheu, Oio, Bafatá e Quinara.
O anúncio foi tornado público esta quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021, num encontro com a imprensa para falar das reformas que a instituição pretende levar a cabo no currículo escolar guineense. O diretor-geral do INDE fez saber que o executivo decidiu avançar com esta estratégia, porque até ao momento já tem programas ou orientações curriculares elaborados para os níveis de primeiro a sexto ano e concebidos os manuais dos alunos e guias dos professores até sexto ano de escolaridade.
Jorge Sanca defendeu que tendo em vigor um currículo que esta fora de uso e que não consegue dar resposta aos desafios atuais, deve-se proceder à reforma do currículo escolar.
“Decidimos avançar com a reforma curricular do ensino básico para responder aos desafios do Plano Estratégico Operacional da Guiné-Bissau 2025. O currículo em vigor está desatualizado, mas continua a ser instrumento orientador no sistema educativo guineense. A última reforma foi feita nos anos noventa”, precisou.
De acordo com a sua explicação, o conceito adoptado pelo documento orientador da reforma “é visto como um plano estrutural do ensino de aprendizagem organizado à luz de determinados princípios políticos, educacionais, sociais e culturais legitimados no país e que estabelecem valores, os conhecimentos, comportamentos e atitudes que os alunos devem alcançar no final de um dado nível de escolaridade previsto na estrutura geral do sistema de ensino”.
Jorge Sanca sustentou que na reforma o governo decidiu adotar como metodologia orientadora, a abordagem por competência. Aliás, uma metodologia já adotada por países vizinhos, alguns países africanos, europeus e da América.
“O currículo escolar que será adotado exigirá dos alunos a serem mais ativos, construir eles mesmos os seus conhecimentos e desenvolver as suas competências. O professor deve ter condições para promover situações de aprendizagem que não só facilitem a diferenciação e integração das perceptivas quotidianas escolares como também ajudar o aluno a resolver seus problemas diários”, assinalou Jorge Sanca.
Por: Carolina Djemé
Agora vão acordar do sono profundo é que estavam.
O sistema educativo guineense só pode melhorar com a atualização do currículo escolar e inclusão dos valores nacionais, interatividades interetnicas que constitui assim a nossa nação e também incluir o ensino bilíngue ou multilíngue e isso irá ajudar bastante no aprendizado dos estudantes. Guineenses ka ta pensa nin sunha na portuguis mas sin na kriol ku si língua étnica, por isso convém inclusão do crioulo no currículo.
Salam.
Vamos esperar se é que vão cumprir.