O porta-voz da “Frente Comum”, Seni Djassi, acusou o presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, de abuso de poder, por supostamente ter ordenado o bloqueio de salários dos professores referentes ao mês de maio.
Em conferência de imprensa, esta segunda-feira, 31 de maio de 2021, Seni Djassi acusou ainda Sissoco Embaló de não ter cumprido a sua promessa de pagar a carga de horas de trabalho aos professores.
O sindicalista explicou que a greve em curso na administração pública foi motivada pelo incumprimento de acordos assinados com o governo, avisando que o setor educativo continuará paralisado até que sejam resolvidas as suas exigências.
“Durante as vagas de greves, realizamos várias negociações com o governo, sem sucesso, porque nunca levaram uma proposta. Aliás, somente na quinta vaga de greves foi que o governo, através da comissão negocial, levou uma proposta que não incluía o setor da educação. No dia 7 deste mês, tivemos um encontro com a equipa negocial e o chefe de gabinete do primeiro ministro, José Paulo Semedo. Conseguimos chegar a um entendimento e faltava analisar a proposta e calendarizar a execução dos pontos em reivindicação” disse Seni.
Seni Djassi denunciou a nomeação de diretores das escolas a nível nacional “sem critérios” e considerou a atitude de bloqueio salarial dos professores como uma estratégia do governo.
“Não sabemos quem tem a competência e poder de decisão nas negociações, porque, às vezes, a reunião é com o Presidente da República, ora é com a equipa dirigida pela função pública ora é com a equipa dirigida pelo primeiro-ministro” disse, adiantando que as aulas estão a decorrer, em algumas escolas públicas, porque o governo recrutou estudantes do ano zero de Tchico Té e os da área da pedagogia para substituírem os professores em greve.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N



















