A empresa de telecomunicações Orange Bissau lançou esta segunda-feira, 31 de maio de 2021, na aldeia de Bijimita, setor de Quinhamel, região de Biombo, o seu programa de modernização e desdobramento da rede da telefonia móvel.
O ato presidido pelo chefe de Estado, Úmaro Sissoco Embaló, foi antecedido da inauguração de um dos pavilhões do centro de saúde local, reabilitado com apoio da Orange e contou com as presenças do presidente do Conselho de Administração da Orange Bissau, Sekou Drame, alguns membros do governo e embaixadores acreditados no país, responsáveis administrativos e da comunidade de Bijimita, entre outras individualidades.
O programa é estimado em 13,4 mil milhões de francos CFA e contempla a modernização da rede Orangeexistente e a extensão da cobertura da rede 2G/3G para mais de mil aldeias com a implementação de cento e cinquenta (150) novas antenas de tipo “estrela rural”.
No seu discurso improvisado, depois da inauguração, Sissoco Embaló enfatizou que a inauguração da primeira das 150 novas antenas em Bijimita “é um sinal de progresso tecnológico importante que permitirá cobrir mil e seiscentos e oitenta tabancas da Guiné-Bissau”.
O Presidente da República frisou que pelo seu impacto, representa um sinal de progresso social, porque é um caminho que se abre para estabelecer, com maior facilidade, negócios e criar riquezas para o país, criar progresso aliado à rede rodoviária, bem como na construção e manutenção de estradas em todas as regiões, o que poderá permitir consolidar a estabilidade sócio-política da Guiné-Bissau e, consequentemente, atrair cada vez mais investimentos.
Sissoco Embaló exortou a Orange Bissau a trabalhar mais para melhorar os seus serviços, porque “não é admissível que a interrupção recorrente da rede móvel continue ou perdure por mais tempo, sobretudo entre Bissau e Bijimita, duas localidades separadas apenas por 37 quilómetros distância”. Por outro lado, pediu à população de Bijimita que proteja as novas infraestruturas.
“É indispensável que a presença das companhias de telecomunicações sejam mais sérias e responsáveis, porque somos parceiros”, indicou Sissoco Embaló.
Por seu lado, Augusto Gomes, ministro dos Transportes e Comunicações, disse que o governo da Guiné-Bissau está satisfeito com o investimento, razão pela qual vai apoiar todas as iniciativas do Grupo Orange para o desenvolvimento da economia digital, inclusão financeira e social para a redução da pobreza e melhoria das condições de vida das populações.
O governante referiu que o investimento representa um “sinal forte de confiança renovada” entre o governo da Guiné-Bissau e os seus parceiros de desenvolvimento.
“A República da Guiné-Bissau é um país de muitas potencialidades económicas por explorar e oferece muitas, múltiplas e atrativas parcerias “win-win – ganhar e ganhar” aos seus parceiros”.
SEKOU DRAME: “ORANGE NUNCA POUPOU ESFORÇOS PARA FORNECER MELHORES SERVIÇOS À POPULAÇÃO”
O presidente do Conselho de Administração da Orange Bissau, Sekou Drame, disse que desde o início das atividades daquela empresa na Guiné-Bissau, há 14 anos, não mediu esforços para oferecer às populações as melhores inovações e os melhores serviços para responder às suas necessidades em telecomunicações. Lembrou que a empresa já investiu mais de 75 biliões de Francos CFA no país, desde 2007.
“Para este ano, a Orange Bissau propôs, entre outras coisas, ao seu Conselho de Administração, uma proposta aceite pelo PCA, um grande esforço de investimento no valor de 13,4 mil milhões de FCFA, sendo uma parte para a modernização da rede existente e a outra metade para a ampliação da cobertura rural”, contou.
Assegurou que este investimento permitirá à Orange Bissau dobrar o tamanho da sua rede e aumentar a inclusão digital e financeira, contribuindo assim não só para o desencravamento, como também para permitir o acesso às novas tecnologias e fornecer novos serviços como: a educação à distância ou telemedicina que, segundo a sua explanação, vão acelerar o crescimento económico e o bem-estar das populações guineenses.
“Esta infraestrutura de última geração atrairá investimento estrangeiro direto e facilitará a instalação de ONG’s e outras estruturas de assistência ao desenvolvimento em todo o país” enfatizou, para em seguida, frisar que o crescimento da atividade da Orange Bissau terá também um efeito favorável nas receitas do Estado e ajudará todos os atores do setor a desenvolverem as suas atividades e melhorar a sua economia.
Por sua vez, o diretor geral da Orange Bissau, Brutus Sadou Diakite, frisou que já se iniciaram os trabalhos que permitirão melhorar consideravelmente a cobertura. Acrescentou que o “importante investimento” de 13,4 mil milhões de francos CFA confirma o engajamento daquela empresa em participar ativamente no desenvolvimento da Guiné-Bissau, como também permitirá a sua empresa cobrir mais de 90 por cento da população guineense.
“Orange Bissau renovou e equipou o centro saúde de Bijimita, no quadro da política da responsabilidade social da empresa”, referiu e afirmou que, através desses investimentos, a Orange Bissau reforçou a vantagem de ser o primeiro contribuinte da receita fiscal e do primeiro investidor na Guiné-Bissau.
Por: Filomeno Sambú/Assana Sambú
Fotos: F.S



















