Os diretores de serviços do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), demitiram-se em bloco, na sequência da requisição de técnicos militares de saúde para minimizar o impacto do boicote dos profissionais civis de saúde iniciado ontem em todo o território nacional.
Em carta com a data de 21 de setembro de 2021, na posse de O Democrata, assinada por 8 diretores de serviços: Urgências, Orto- traumatologia, Medicina Interna, Cirurgia Geral, Anestesia e Blocos, Cuidados Intensivos, Pediatria e Maternidade, os técnicos de saúde denunciam a situação e colocam os seus lugares a disposição do governo.
“Fomos surpreendidos, sem nenhuma informação prévia, com a ocupação dos nossos serviços por técnicos militares”, justificam os médicos demissionários, para de seguida lembrarem que estiveram, desde o início, “dia e noite”, dando “o melhor” deles.
“Por este motivo, depois de uma concertação e profunda reflexão, decidimos unanimemente renunciar os atuais cargos de diretores de serviços que nos foram confiados pela sua direção”, lê-se na carta.
Os hospitais e centros de saúde do país estão paralisados, desde ontem, por um período” indeterminado” para exigir melhores condições de trabalho.
Por: Tiago Seide



















