A diretora do Serviço da Meteorologia Aeronáutica do Instituto Nacional da Meteorologia Nacional da Guiné-Bissau, Feliciana Mendonça, reconheceu que há muitas coisas que devem ser melhoradas nas previsões do tempo para que a população possa compreender melhor as informações meteorológicas produzidas e difundidas nos órgãos de comunicação social.
Feliciana Mendonça falava aos jornalistas no encerramento do ateliê de capacitação destinado a técnicos dos órgãos de comunicação social. O encontro de cinco dias incidiu essencialmente na interpretação e disseminação de informações meteorológicas para os utilizadores finais.
A vice-presidente do Instituto Nacional de Meteorologia da Guiné-Bissau disse que uma das apostas da sua instituição é fazer chegar as informações que produz, de forma clara, eficaz e acessível à população rural.
“Quase 80% da nossa população é analfabeta e não compreende os conteúdos difundidos, mas com o apoio das rádios comunitárias a difundirem informações nas línguas locais permitirá a população rural compreender os conteúdos que transmitimos nos nossos boletins meteorológicos”, sustentou.
Feliciana Mendonça enfatizou que o instituto tem recebido camponeses que procuram informações sazonais sobre o início da época das chuvas, os tipos de sementes e as variedades que podem ser introduzidas em conformidade com a quantidade de chuva em cada época.
TÉCNICOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL RECOMENDAM AO GOVERNO QUE INVESTA NA METEOROLOGIA NACIONAL
Nas recomendações finais do seminário, uma das advertências dos profissionais de comunicação social é que o governo dote o Instituto Nacional de Meteorologia da Guiné-Bissau de meios tecnológicos modernos, para que possa realizar, com êxito, as suas atividades de previsão meteorológica, permitindo que a população conheça os riscos e desastres que eventualmente possam ocorrer no país.
A mobilização de meios financeiros necessários para cobrir a criação de um estúdio, no Instituto Nacional da Meteorologia, fortemente equipado com meios tecnológicos, para a gravação e divulgação deinformações meteorológicas, bem como investir na capacitação dos técnicos do Instituto Nacional de Meteorologia da Guiné-Bissau, através de parcerias internas e externas.
Os jornalistas concluíram que há necessidade de o governo reforçar a capacidade de funcionamento dos postos do Instituto Nacional de Meteorologia da Guiné-Bissau nas regiões e em Bissau.
Ao Instituto, os jornalistas pediram que organize mais ações de capacitação para os profissionais de comunicação social, sobre as informações, os símbolos meteorológicos e o comportamento de outros fenómenos naturais, criação de um grupo de contato através de WhatsApp para veicular as informações meteorológicas.
Os profissionais de comunicação social recomendaram ainda que haja um acordo institucional entre o Instituto Nacional de Meteorologia da Guiné-Bissau com as direções dos órgãos públicos e privados, sobre a divulgação das informações meteorológicas.
Aos órgãos de comunicação social, que facilitem o processo de divulgação do boletim meteorológico e, consequentemente, indiquem profissionais dotados de conhecimentos sobre apresentação de informações meteorológicas.
Por: Filomeno Sambú
