O governo e o setor privado analisaram esta sexta-feira, 15 de outubro de 2021, o impacto da Covid-19 na economia nacional.
Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, disse que os desafios impostos pela pandemia da Covid-19 requerem urgentemente o aprofundamento e a consolidação do grau de parceria que caracteriza as relações entre o executivo e o setor privado.
O Primeiro-Ministro disse que o governo não conseguiu inverter a pirâmide e permitir um desenvolvimento sustentável na Guiné-Bissau, mas tem-se esforçado para poder resolver problemas herdados e que o país está a enfrentar.
Nabiam pediu aos responsáveis do setor privado para organizarem o setor, lembrando que nos anos 2020 e 2021, o executivo conseguiu financiamento para ajudar o setor privado, tendo trabalhado em colaboração com os Bancos na gestão do fundo.
“Mas alguns empresários entenderam que, enquanto chefe do governo, era eu que deveria autorizar que os Bancos dessem esse dinheiro sem critério”, referiu.
Para o Ministro da Economia, Plano e Integração Regional, Vitor Mandinga, a trajetória de desenvolvimento do setor privado e do ecossistema empresarial guineense tem-se revelado lenta e não linear por causa de vários obstáculos e constrangimentos que contribuem para acentuar as suas fragilidades, o custo do contexto e do setor privado nacional.
O governante sublinhou que a partir de Bissau, o acesso ao norte e ao leste do país é “penoso e custoso quer para os transportes de passageiros, quer para as cargas”.
“Na parte meridional do país, que contribui com mais de 50% da produção de arroz, frutas, legumes, concentra 47% das reservas florestais apesar de notáveis melhorias, é ainda de difícil acesso, sobretudo as vias secundárias”, salientou Mandinga.
Vitor Mandinga disse ainda que as estratégias necessárias são a implementação de uma viragem da trajetória da economia e do setor privado, porque “ vêem refletidas no Plano Nacional do Desenvolvimento 2020 a 2023 e no documento estratégico “hora Tchiga”, que está alinhado com as estratégias de assistência financeira dos parceiros de desenvolvimento.
Por sua vez, o Secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais, José Carlos Casimiro, revelou que o país tem uma dívida de 131,3 mil milhões de Francos CFA ao BDU e a maioria das taxas de empréstimos são altas, por isso limita a capacidade de contrair outros empréstimos.
Tendo acrescentado que nos últimos anos, o país beneficiou do apoio do Banco Oeste Africana do Desenvolvimento (BOAD) que financiou 23 projetos do setor privado.
Por: Noemi Nhanguan
N.N



















