Os magistrados titulares do processo n°74/2022 decidiram aplicar aos suspeitos da tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro, o Brigadeiro-General Júlio Nhaté Sulté, o Coronel Sanca Bucuque e o Cabo Alexandre Matchina Martins da Silva, a medida de coação (de apresentação periódica e Termo de Identidade e Residência – TIR).
Por despacho, com a data de 08 de abril rubricado por três magistrados do Ministério Público junto à vara crime da delegacia do Ministério Público do Tribunal Regional de Bissau, ordenaram que os suspeitos fossem “imediatamente” restituídos à liberdade das instalações prisionais em que se encontravam detidos.
“Emita-se os mandados de soltura em nome de Sanca Bucuque, Alexandre Matchina Martins da Silva e Júlio Nhaté Sulté” lê-se no despacho.
Refira-se que o Brigadeiro-general Júlio Nhaté Sulté, Diretor do Centro da Formação e Instrução Militar de Cumeré, foi detido no dia 19 de fevereiro; Coronel Sanca Bucuque, segundo Comandante-Geral da Guarda Nacional, foi detido no dia 21 de fevereiro e o Cabo Alexandre Matchina Martins da Silva, militar colocado na Marinha da Guerra Nacional, foi detido no dia 24 de março de 2022, na sequência da tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro.
Uma fonte militar confidenciou a O Democrata que, depois das detenções, o suspeito Brigadeiro- general Júlio Nhaté Sulté foi exonerado das suas funções do diretor do Centro da Formação e Instrução Militar de Cumeré, tendo sido nomeado para as mesmas funções o Brigadeiro-General Sumbonhe Nantchongo, ex-vice Chefe do Estado Maior do Exército.
O Coronel Sanca Bucuque foi suspenso das suas funções de segundo Comandante-Geral da Guarda Nacional, mas não foi ainda nomeado o seu substituto, enquanto o Cabo Alexandre Matchina Martins da Silva que pertencia à Marinha da Guerra Nacional, atualmente não está afeto a nenhuma unidade militar.
O Brigadeiro-general Júlio Nhaté Sulté estava detido na prisão da segunda esquadra, Coronel Sanca Bucuque, na Marinha de guerra, e o Cabo Alexandre Matchina Martins da Silva no Estado Maior General das Forças Armadas.
Por: Tiago Seide
















