
[SEMANA 15_2022] O economista e sociólogo guineense, Carlos Lopes, foi designado na semana passada como novo membro do Comité para as Políticas de Desenvolvimento (CPD) da ONU, por um período de quatro anos.
Lopes, que foi Secretário-geral adjunto da ONU, vai agora assumir novas funções nas Nações Unidas, num departamento que tem como principal função dar pareceres independentes sobre os problemas que assolam o Desenvolvimento a nível global, com especial enfoque nos de médio e longo prazo.
Além de fazer parte dos membros do CPD, o quadro guineense também foi designado pelo Secretário Geral da ONU, António Guterres, como membro do Grupo de Especialistas de Alto Nível das Nações Unidas para determinar a certificação Net-0 por Atores Não Estatais.
Paralelamente Carlos Lopes vai assumir a presidência do conselho consultivo da maior fundação para as Alterações Climáticas, orientada para a criação de subvenções e políticas em África.
BIOGRAFIA
Carlos Lopes nasceu no setor de Canchungo, norte da Guiné-Bissau, em 1960. Lopes estudou no Instituto de Estudos do Desenvolvimento (IUED), em Genebra. Foi fundador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP), uma das instituições de pesquisa mais conceituadas da África Ocidental, tornando-se especialista em Desenvolvimento e Planificação Estratégica e Reforma do Programa de Avaliação das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PUND), onde iniciou funções em 1998.
Em 1984, Carlos Lopes foi um dos fundadores do primeiro grupo de trabalho do Conselho Económico e Social da ONU (ECOSOG), com sede em Dacar, Senegal, tendo sido convidado para integrar os quadros do PNUD em 1988 como economista para a área do desenvolvimento, subindo rapidamente na hierarquia da organização.
Foi Diretor Adjunto do Gabinete de Avaliação Estratégica e Planeamento, antes de seguir para o Zimbabué como coordenador residente do PNUD e depois seguiu para assumir as operações no Brasil.
Foi Secretário Executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA). Faz parte de um grupo de quadros africanos selecionados pelo Presidente do Rwanda, Paul Kagami, para fazer reformas económicas na União Africana. É autor de numerosa bibliografia sobre questões de desenvolvimento e estudos africanos e lecionou em universidades e instituições académicas em Lisboa, Zurique, México, Uppsola.
Por: Alison Cabral