A Rede das Associações Estudantis da Guiné-Bissau exortou esta terça-feira, 30 de agosto de 2022, o governo a reconsiderar a sua posição e suspender a medida anunciada em Conselho de Ministros, que deliberou não admitir professores novos e revogar o decreto, bem como baixar o custo das matrículas e propinas nas escolas públicas.

O apelo foi lançado ao público pelo presidente de Rede, Fodé Dabó, em conferência de imprensa para reagir às últimas decisões do executivo em relação ao setor da educação, porque “o governo está a tomar medidas que podem criar problemas sociais e agravar a vida dos alunos, dos estudantes e da população em geral”. 

De acordo com Fodé Dabó, um dos factores que impede os alunos de terem acesso à escola é a subida dos preços dos transportes urbanos e dos produtos de primeira necessidade, alertando que a decisão do executivo só vai aumentar mais a delinquência juvenil no país e outros problemas existentes na sociedade, tendo em conta que muitos estudantes podem sentir-se desmotivados.

“O governo deveria ter assumido as suas responsabilidades, não tomar medidas que afetam a população ou criam vida cara aos estudantes e à população em geral”, frisou.

Perante esta situação, Fodé Dabó, alertou que se as autoridades não recuarem na sua decisão até dia 9 de setembro, a rede vai mobilizar a sua massa estudantil para sair à rua para protestar contra a decisão  e obrigar ao executivo a cancelar todas as cobranças de propinas nas escolas públicas, bem como a abrir um concurso público para o recrutamento de professores.

Por: Carolina Djemé