O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, anunciou esta quinta-feira, 27 de outubro de 2022, que a Guiné-Bissau está a criar pontes para que a Rússia e a Ucrânia, dois países em conflito no leste europeu, possam sentar e dialogar.
“Será preciso envolver os Estados Unidos América e a Europa para se poder ultrapassar este conflito que assola o mundo inteiro”, disse.
Umaro Sissoco Embaló falava no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, após regressar de uma viagem efetuada à Rússia e à Ucrânia, anunciando que já foram feitos os primeiros contatos preliminares para cumprir as etapas e concretizar do objetivo.
O chefe de Estado guineense informou que já deu orientações à ministra dos negócios estrangeiros para dar seguimento aos trabalhos e estabelecer contactos com os responsáveis diplomáticos dos dois países e outros países para que no futuro, às partes possam sentar à mesa para dialogar e ultrapassar o conflito.
“Visitei várias ruas na Ucrânia e constatei que o povo está cansado da guerra, de maneira que é importante continuarmos a criar pontes entre os dois Estados em conflito, envolvendo outros estados para ultrapassar esse conflito que coloca o mundo numa situação difícil e complicada”, afirmou.
Embaló destacou que os esforços da CEDEAO nesse processo é um sinal que as grandes potências não podem continuar a ver África como um continente pedinte, porque “a nossa visão é grande e ambiciosa”.
O presidente em exercício da conferência dos chefes de Estado da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse acreditar que a Rússia pode desempenhar um papel importante na sub-região, cooperar e trabalhar junto com os seus parceiros, por isso abordou com Vladmir Putin a situação da segurança na sub-região.
Questionado sobre a proposta do governo a ser submetida para a realização de eleições legislativas em 14 de maio de 2022, Umaro Sissoco Embaló afirmou que a data de 18 de dezembro continua em vigor, por não ter recebido nenhuma proposta.
Embaló disse que convocará todos os partidos políticos que tinham assento no Parlamento dissolvido para ouvir se estarão ou não de acordo com a nova proposta, caso contrário, “manteremos a data em vigor”.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
