
O governo da Guiné-Bissau, através do ministério dos Negócios Estrangeiros, negou que tenha responsabilidade no “péssimo” serviço prestado pela embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, sobretudo na autenticação dos documentos e na emissão de vistos.
Em conferência de imprensa realizada na terça-feira, 4 de abril de 2023, o responsável jurídico do ministério, Cândido Barbosa, disse que as autoridades nacionais não podem impor ordem à embaixada nem à secção consular de Portugal porque “é a competência exclusiva do ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal”.
“A embaixada recebe anualmente cerca de cinco mil pedidos de visto, ultrapassando a quota de 1500 pedidos que são reservados à Guiné-Bissau. Tudo indica que deve-se ao facto de a grande franja da população guineense ser constituida por jovens entre 18 a 25 anos de idade e que procuram estudos universitários no estrageiro. Por isso solicitamos que a parte portuguesa redobre esforços e melhore o sistema de atendimento on-line”, afirmou, lembrando que várias vezes terão interpelado o embaixador e ao encarregado da secção consular sobre a morossidade na emissão de vistos.
“A autenticação de documentos é um dos constrangimentos. É preciso garantir maior celeridade nos processos, dar à embaixada mais credibilidade e dignidade aos cidadãos nacionais explicou”.
Esclareceu que o ministério apenas responsabiliza-se do funcionamento das missões diplomáticas, bem como postos consulares da Guiné-Bissau no exterior.
Por: Francisco Gomes