O primeiro-ministro, Geraldo João Martins, afirmou esta sexta-feira, 06 de Outubro de 2023, que, apesar de o Fundo de Promoção de Desenvolvimento Económico estar na sua fase embrionária, tem potencial e a capacidade de desempenhar o papel de promotor das ações que visam mulheres e jovens, sobretudo no concernente ao microcrédito e programas que contribuam para a redução da pobreza na Guiné-Bissau.
Geraldo Martins falava aos jornalistas depois da visita às instalações do Fundo de Promoção de Desenvolvimento Economico, para se inteirar do seu funcionamento.
Lembrou que a instituição criada recentemente, tem o objetivo de participar na promoção da melhoria das condições de vida da população, através de financiamentos de projetos e programas participativos, focalizados para jovens e mulheres nas comunidades rurais.
O governante informou que a sua visita ao Fundo de Promoção de Desenvolvimento Economico é no sentido de ver até que ponto o governo pode usar essa entidade como uma âncora institucional para escalar as ações, nomeadamente microcrédito para as mulheres e jovens.
Sublinhou que durante a campanha eleitoral falou-se tanto da promoção do microcrédito e era preciso instituir instituições que tenham a capacidade para poder albergar financiamentos, projetos, avaliar e financiá-los, bem como fazer o acompanhamento, a supervisão e o seu monitoramento.
ʺOs objetivos do Fundo de Promoção de Desenvolvimento Económico encaixam-se profundamente no programa do governo, no seu eixo dois, que fala da promoção do crescimento económico e redução da pobreza, de maneira que o executivo irá trabalhar nos próximos tempos para que possa desempenhar o seu papel fundamental”, assegurou.
Afirmou que o fundo já está com três projetos-pilotos, dois na área produtiva e um na área social, que vão testar a sua capacidade e em função daquilo que for o seu desempenho, poderá avaliar e corrigir o que é preciso melhorar para poder financiar mais projetos, porque “o executivo irá trabalhar na mobilização de fundos para alocar para esta instituição”.
O chefe de governo informou que existe um manual de procedimentos que estabelece as regras para o acesso aos fundos e as populações poderão receber os fundos perdidos na base de projetos trabalhados em conjunto, entre as estruturas das antenas regionais e a população rural, para facilitar a preparação de projetos e a sua submissão para o financiamento.
Questionado sobre a medida tomada ontem em conselho de ministro sobre abolição da cobrança na portagem de Jugudul, Geraldo Martins disse que qualquer pessoa que tenha feito o troço, Safim Jugudul, se souber dessa medida não precisaria de nenhuma explicação, porque “tudo está explicado”.
Sobre os guineenses que estão a passar por situações difíceis na Líbia e em Angola devido a falta de documentação, Martins garantiu que o governo está a acompanhar e trabalhar sobre o assunto e que o ministro dos Negócios estrangeiros está muito ativo no processo e espera que nas próximas semanas o governo estará em condições de resolver a situação.
“Não podemos resolver todos os problemas de imediato, mas temos consciência de vários problemas que estamos a tentar resolver aos poucos e pensamos que as queixas que nos chegam, devemos levá-las a sério para que possamos resolvê-las. É preciso ter um pouco de paciência, porque estamos a governar um país com vários problemas”, advertiu.
Por seu lado, o Diretor geral do Fundo de Promoção de Desenvolvimento Económico, Fortes Buli Indjai, disse que aquela instituição foi criada para financiar projetos sociais e o setor privado, porque “chegou-se à conclusão que as carências encontradas nas populações guineenses devem ser melhoradas, através de financiamento de pequenas atividades que são geradoras de algum rendimento para melhorar vida da população.
Acrescentou que o fundo tem duas janelas, uma para atendimento do setor privado e outra para programas sociais.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
















