Dia da Guarda Nacional: SISSOCO ADVERTE QUE NINGUÉM O SURPREENDERÁ NEM DETÊ-LO-Á 

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, advertiu que jamais será surpreendido por nenhuma força, muito menos detê-lo-ão e que qualquer ação de tentativa de golpe terá uma resposta adequada. 

“Quem quiser que tente uma ação de golpe, terá uma resposta adequada. Surpreenderam-nos no dia 01 de fevereiro. Jamais… Nenhuma força me surpreenderá, nem me deterá”, advertiu o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, durante o seu discurso na parada feita pelos elementos da força da Guarda Nacional, no âmbito da celebração do 14º aniversário desta força militarizada.

A cerimónia da celebração do aniversário desta força decorreu no quartel do Comando Geral, no antigo Quartel General, na presença dos chefes militares, oficiais superiores da defesa e segurança, membros do governo e representantes do corpo diplomático acreditados no país.

A Guarda Nacional é uma força de segurança de natureza militar, organizada num corpo especial de tropas e dotada de autonomia administrativa, criada no âmbito da reestruturação e modernização dos setores da defesa e segurança, aprovada pela Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau e apresentado em Genebra em 7 e 8 de novembro de 2006. A força é constituída por diferentes corporações, designadamente a Guarda Fronteira, a Guarda Fiscal, Serviço de Imigração, a Polícia Marítima, Fiscamar e a Guarda-Florestal.

Dirigindo-se aos militares em parada, Umaro Sissoco Embaló garantiu que não poupará esforços em trabalhar para transformar a Guarda Nacional numa força republicana.

Relembrou aos soldados e oficiais que juraram garantir a segurança interna do Estado, da ordem pública e dos guineenses, bem como assumiram compromissos de garantir a salvaguarda da ordem constitucional, a proteção da estabilidade do Estado e do direito democrático.

“Isto significa que a segurança interna e da ordem pública, a integridade e estabilidade da ordem constitucional são valores fundamentais que definem a vossa missão. São valores que devem respeitar e fazer com que os outros os respeitem também”, alertou o chefe de Estado, acrescentando que se celebra hoje o aniversário da Guarda Nacional, mas os aniversários não servem apenas para fazer festas, mas também para refletir.

“Na circunstância de hoje, este aniversário serve para refletirmos sobre a instituição e para aprendermos com os erros cometidos no passado. Refletir sobre a Guarda Nacional, significa perguntar e responder corretamente as perguntas certas: Como foi possível acontecer o que aconteceu no dia 30 de novembro de 2023? Como foi possível a Guarda Nacional trair a sua missão e desprezar o seu valor fundamental? O que temos de fazer para nunca mais voltar a acontecer o que aconteceu no dia 30 e terminou em 01 de dezembro de 2023”, frisou, afirmando que é um trabalho de casa que deixou para os oficiais daquela força e o próprio ministro do Interior e da Ordem Pública, alertando que dentro de alguns dias vai pedir respostas aos superiores sobre as questões deixadas. 

Relativamente à situação dos chamados “auxiliares” soldados não efetivados na corporação da Guarda Nacional, Embaló instruiu os responsáveis daquela força para organizarem melhor e levar os soldados para preparação em Cumeré e depois jurar a bandeira, de forma a poderem ser efetivados.  

Por sua vez, o ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé, explicou ao chefe de Estado da triste situação em que se encontra a maioria dos elementos daquela força que trabalham sem receber os seus ordenados, porque “não são efetivos”.

Candé apelou ao Presidente Embaló a usar a sua influência para a efetivação de soldados, que “fazem o serviço dia e noite, mas não recebem o salário”.

“Estes soldados têm filhos, mulheres e famílias, mas não têm salário. É complicado para nós essa situação de termos pessoas que trabalham na garantia da nossa segurança e do país, mas não recebem os seus salários”, enfatizou.  

Refira-se que a cerimónia serviu igualmente para a promoção de 25 oficiais subalternos e superiores, designadamente dois tenentes, dois capitães, nove majores, nove tenentes coronéis e três coronéis.

Por: Assana Sambú

Author: O DEMOCRATA

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