SOCIEDADE CIVIL GUINEENSE DEFENDE UMA COOPERAÇÃO COM A UE PARA CONSOLIDAR A DEMOCRACIA 

O  presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, defendeu  a necessidade de se estabelecer uma  cooperação entre as Organizações da Sociedade Civil do país (OSC) e a Uniao Europeia (UE) no processo de consolidação da democracia, estado de direito e desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Essa intenção foi manifestada hoje 05 de maio de 2025, no encontro que uma delegação da UE manteve na Casa dos Direitos com mais 20 representantes das organizações da sociedade civil, membros do Grupo de Referência do Roteiro de diálogo entre a União Europeia e as organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau.

As organizações da sociedade civil foram representadas pelo presidente da Liga, que de resto transmitiu a sua preocupação à delegação dos 27.

As partes abordaram vários temas que fazem parte do roteiro, nomeadamente direitos humanos e boa governação, ambiente e desenvolvimento económico sustentável, saúde, educação e emprego, pode ler-se na nota que essas organizações divulgaram à imprensa a que O Democrata teve acesso.

A delegação dos 27, que se encontra do país no quadro de uma  visita em curso na Guiné-Bissau, é liderada pela Embaixadora Rita Laranjinha, Diretora Geral para África no Serviço Europeu de Ação Externa.

Neste encontro, a alta representante da União Europeia esteve acompanhada de  Embaixadores da União Europeia, Artis Bertulis, de Portugal Miguel Cruz Silvestre, do Reino de Espanha Henrique Conde Léon e da França Arnaud Roux. 

A delegação integrou também os representantes dos embaixadores europeus não residentes, tais como os daHolanda, da Alemanha, da República de Tcheca, da Irlanda, da Suécia e da Bélgica, entre outros.

Na sua comunicação,  a Embaixadora Rita Laranjinha enalteceu o papel das OSC na política externa da União Europeia e a importância da Casa dos Direitos no panorama de promoção e proteção dos direitos humanos na Guiné-Bissau.

Segundo o documento, o encontro  de Bissau permitiu às partes discutirem também o atual contexto do país, “caraterizado pelas restrições do exercício de algumas liberdades fundamentais, tais como: de reunião e manifestação, de imprensa e expressão, sem ignorar as tentativas de redução do espaço cívico às OSC, assim como as detenções arbitrárias”, um tema que foi realçado pela ONU na reunião de sexta-feira na Suíça.

Por: Filomeno Sambú

Author: O DEMOCRATA

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