
O ministério do Comércio e Indústria, através do inspetor geral do comércio, Anselmo Mendes, confirmou a descida do preço de comercialização da castanha de cajú, que estava a ser vendida entre 450 e 550 FCFA em algumas zonas do território nacional, afirmando que atualmente, um quilograma está ser comprado no preço base anunciado que é de 410 FCFA.
A preocupação do Ministério do Comércio e Indústria foi tornada pública esta quarta-feira, 14 de maio de 2025, durante uma conferência de imprensa realizada pelo inspetor geral do comércio, Anselmo Mendes. A presente campanha de cajú foi aberta no início de março deste ano pelo chefe do governo, Rui Duarte Barros, que na altura anunciou o preço base da castanha de cajú no valor de 410 FCFA por quilograma.
Após um mês de comercialização da castanha, notou-se uma subida do preço em diferentes zonas do país, onde se comprava a castanha a partir do preço base de 410, subiu para 450 e até 550 FCFA.
No entanto, atualmente, a castanha está a ser comprada no preço base anunciado 410 FCFA, o que constitui uma preocupação para o governo, que anunciou medidas necessárias para não permitir que a castanha seja comprada junto do produtor nos preços inferiores ao preço base anunciado. A queda de preço da compra de castanha de cajú, de acordo com a explicação do inspetor geral do comércio, está relacionada com o aumento dos custos de “fret” registados a nível dos atores da fileira de cajú.
Anselmo Mendes explicou que o motivo que originou a baixa do preço ao produtor tem a ver com a descida da balança em Bissau, que saiu de 660, 650 e hoje está entre 610 e 600 fcfa, por quilograma, razão pela qual levou os intermediários a querer baixar os preços junto de agricultores para o valor de 400 fcfa.

O inspetor geral do comércio lembrou na sua comunicação que na abertura, o governo fixou 410 cfa como preço base por quilograma de castanha de cajú que logo na primeira e segunda semanas notou-se uma ligeira subida ou aumento de 450, 500 em algumas localidades para além do preço fixado, mas de repente o preço começou a baixar.
Anselmo Mendes denunciou que registaram em várias localidades a tentativa de aproveitar da situação de não respeitar o preço base fixado pelo executivo de 410. Peranteesta situação, alertou que os agentes de fiscalização estão atentos e vigilantes para monitorizar a comercialização da castanha de cajú e que não permitirão que o cajú seja comprado ao preços inferiores ao preço base anunciado.
Reconheceu que o preço da castanha de cajú desceu um pouco em algumas localidades, mas garantiu que o preço base fixado pelo governo de 410 fcfa continua intacto, ou seja, continua a ser respeitado.
“O mais importante é que o preço base fixado pelo governo está intacto e que continuamos a fiscalizar para que continue a ser respeitado”, disse, para de seguida, alertar que o ministério do comércio e indústria não permitirá que haja o aproveitamento da situação.
Mendes apontou a exportação clandestina de cajú nas zonas de fronteiras como um dos fatores que constituiram a descida da expectativa do governo em atingir este ano as 200 mil toneladas de cajú exportado.
“É uma preocupação para o executivo porque retira o que o país deveria ganhar sendo um produto estratégico e que constitui mais 90 por cento de todas as exportações que a Guiné-Bissau faz por ano”, conclui.
Por: Carolina Djemé