O Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, promoveu esta terça-feira, 03 de junho de 2025, um workshop de advocacia para promover o engajamento de profissionais, académicos e Sociedade Civil na Revisão da Contribuição Nacionalmente Determinada sobre o impacto das alterações climáticas nas crianças e adolescentes da Guiné-Bissau.
O seminário é destinado a professores, médicos, enfermeiros, académicos, sociedade civil, juventude e grupos de pais, com o objetivo de ouvir as opiniões ou ideias sobre como o clima afeta as crianças e adolescentes, perspectivas para as respostas ao impacto das alterações climáticas sobre as crianças e adolescentes na Guiné-Bissau
Presidindo a cerimónia de abertura, o diretor-geral do Instituto Nacional do Ambiente, João Lona Tchedna, em nome do Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, alertou que o impacto das alterações climáticas sobre os mais jovens “é profundo” e “desproporcional” e as camadas vulneráveis enfrentam riscos de insegurança alimentar como doenças agravadas pelo clima.
João Lona afirmou que o evento é uma oportunidade para reafirmar que nenhuma estratégia climática será verdadeiramente eficaz, se não integrar a dimensão humana e, em particular, o futuro das crianças e adolescentes. Assim como um marco significativo no processo de construção coletiva da nova Contribuição Nacional Determinada da Guiné-Bissau (NDC 3.0).
João Lona Tchedna disse, no seu discurso, esperar que as reflexões do encontro inspirem medidas concretas e transformadoras que coloquem as crianças e adolescentes no centro da ação climática nacional.
Por sua vez, a Diretora adjunto da UNICEF, Sandra Martins, alertou que, apesar das crianças e adolescentes da Guiné-Bissau serem as que menos contribuem na crise das alterações climáticas, representam mais da metade da população do país e estão entre os mais vulneráveis aos impactos das alterações climáticas.
Segundo Sandra Martins, a análise da situação climática sobre as crianças da Guiné-Bissau de um relatório publicado em 2024, revelou que mais de 540 mil crianças da Guiné-Bissau estão expostas às temperaturas extremas com riscos crescentes para a saúde, educação e o bem-estar das crianças.
Defendeu que é imperativo que a CDN 3.0 reflita as necessidades e as aspirações das crianças e adolescentes no que tange à integração, à resiliência climática nos setores sociais como a saúde, a educação, a água, o saneamento e a higiene, garantindo que as necessidades das crianças sejam tomadas em conta e incluídas na formulação das políticas ambientais a nível nacional.
Finalmente, convidou todos os presentes a participarem ativamente no processo das respostas às ações climáticas no país.
Por: Carolina Djeme
Fotos: CD
















