COLIDE-GB AFIRMA QUE A DEMOCRACIA ESTÁ SUSPENSA E EM PERIGO DE MORTE NA GUINÉ-BISSAU

O partido Convergência Nacional para a Liberdade e o Desenvolvimento (COLIDE-GB) afirmou que a democracia, no país, está “suspensa, em estado vegetativo e, naturalmente, em perigo de morte”. 

“Uma morte anunciada que já todos sabíamos, mas que, finalmente, foi assumida pela voz e boca do “Secretário de Estado da Ordem Pública”, ao encher o peito de ar e vomitar, com total impunidade e sem que lhe tenha sido assacada responsabilidades de espécie alguma até hoje, significando, isso que são estes os objetivos, os propósitos e a intenção do atual regime, inconstitucional e subversivamente imposto ao país, com o apoio e a comparticipação criminosa das forças de defesa e segurança do nosso país): “no segundo mandato do Sissoko Embaló, romperemos a Constituição da República e não haverá mais eleições na Guiné-Bissau. O Sissoko será Presidente da República, até quando não quiser mais”, começou por dizer o Partido liderado pelo antigo Ministro do Interior, Juliano Augusto Fernandes, na sua página no Facebook.

“Ora, isso é grave! Muito grave! Demasiado grave! De tal ordem que nós, povo da Guiné-Bissau, não podemos aceitar e nem permitir que prevaleça. Como se tudo não fosse, já de si, suficientemente grave, o cidadão Úmaro Sissoko Embaló quer eleições para 23 de novembro de 2025. Data em que, mesmo tendo em conta o aberrante, inexistente e criminoso despacho do “ex-presidente em exercício do Supremo Tribunal de Justiça, Lima André, que pretensamente, defendia que omandato de cinco anos daquele que foi empossado no cargo de Presidente da República, no dia 27 de fevereiro de 2020, só terminaria a 4 de setembro de 2025, só acontecerão depois desta última data (4 de setembro de 2025).

Grave, muito grave, demasiado grave e criminoso!” acusou. 

Para COLIDE-GB, o Presidente cessante, Úmaro Sissoko Embaló recusou de deixar o cargo e ir para casa e ficar aespera dos resultados das próximas eleições presidenciais, às quais manifestou interesse em candidatar-se, pretendendo lograr a confiança do povo guineense para realizar um segundo mandato.

“Mantém-se inconstitucional e ilegalmente no poder e nesse cargo, até hoje, passados cerca de 4 meses. Está evidente que ele cometeu, clara e inequivocamente, crimes de usurpação de funções públicas e alteração de Estado de Direito (ordem constitucional). Crimes graves que, seguramente, por mais tarde que venha a acontecer, para a comição dos quais, será responsabilizado, de forma implacável (Dura Lex Sed Lex)” lê-se na publicação. 

O partido diz que não pode calar-se e ser cúmplice dessa realidade nefasta para o país, a sua democracia e a liberdade do povo. 

“É nossa obrigação, sacramental, alertar para tudo o que é mau e perigoso para o nosso país e o nosso povo e manifestar o nosso veemente repúdio e discordância perante esta deriva despótica que acabará, seguramente, com a unidade e coesão do nosso país e o seu povo, se essa situação (STATU QUO) se mantiver por mais algum tempo” disse, sublinhando que o regime em presença, oprime, na base da violência e ameaças, sequestros, detenções arbitrárias e torturas, perpetrados pelas forças da defesa e segurança, o exercício de todos os direitos, liberdades e garantias fundamentais (manifestações, reuniões em locais públicos e abertos, expressão, imprensa e atividades políticas) promovidos seja pelos seus opositores políticos, seja pelas organizações da sociedade civil. 

O Partido denunciou também que o atual Regime “faz, sozinho”, todos os dias e utilizando todos os meios, mecanismos e pretextos, campanha eleitoral em apelo e em nome do segundo mandato de Úmaro Sissoko Embaló, como Presidente da República, nas próximas eleições presidenciais que “marcou, indevida, inconstitucional e ilegalmente”, para o dia 23 de novembro de 2025. 

“Durante esta vergonhosa, indecorosa e discriminatória campanha eleitoral, têm sido proferidas declarações que prenunciam uma mega fraude eleitoral, em preparação que visa garantir a exclusão, dessas eleições, de potenciais candidatos meticulosamente identificados, e, julgando-se garantir vitória à priori, da apologia do 2º mandato do Sissoko Embaló. Ora isto é grave, muito grave, demasiado grave e criminoso” insistiu. 

Lê-se ainda que o “Regime, em presença, em pretexto fundado na realização de atos públicos do estado e da governação (inaugurações, lançamentos de pedra, etc)”, além de fazer campanha eleitoral, em apoio único a Úmaro Sissoko Embaló, à sua pretensão do 2º mandato, tem exibido a “kalah”, símbolo da campanha eleitoral dele, no lugar da bandeira nacional, que, seria, naturalmente, içada nessas ocasiōes.  

“O COLIDE-GB antevê, de forma legítima (porque preocupante e intrigante), o risco de, com o rompimento e o rasgamento da Constituição da República e o descartamennto de eleições, a partir do segundo mandato do Sissoko, a bandeira nacional do nosso país, seja substituída pelo “kalah”! É importante sublinhar que a bandeira nacional que já não devia ser, em caso algum, semelhante, igual ou mesma da do PAIGC (grave) e de nenhum outro partido, afigurar-se-á a situação, ainda mais grave se ela for substituída pelo “kahala”. Ora isto será grave, muito grave, demasiado grave e criminoso!” denunciou o partido liderado pelo jurista Juliano Fernandes.

“Vamos todos, dizer não a tudo isto e apelar a que enquanto guineenses, sem exclusão de ninguém, nós sentemos à mesa para discutir o nosso país e os seus problemas e, construirmos, na base do Diálogo Inclusivo Nacional (DINAC), consensos alargados à volta das soluções requeridas para os problemas identificados. E, assim, garantirmos o retorno duradouro à normalidade constitucional, ao estado de direito democrático, às liberdades, à segurança, à paz, à unidade nacional, etc., na governação e no dirigismo do estado. E com isso, finalmente, construirmos o progresso e a prosperidade perseguidos, desde a independência” concluiu.

Por: Tiago Seide

Author: O DEMOCRATA

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