Uma missão de técnicos do Ministério do Comércio e Indústria efetuou, na sexta-feira 20 de junho de 2025, uma visita aos armazéns de stock de grossistas que importam produtos alimentares, neste caso, arroz e farinha de trigo, na qual constataram que o país dispõe de um stock desses cereais até ao final do ano.
A missão dos técnicos do Ministério do Comércio, dirigida pelo diretor-geral do Comércio Interno, Abulai Mané, contou igualmente com a participação de representantes da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) para visitarem as instalações dos principais importadores desses cereais, que são a base da dieta alimentar dos guineenses.
A visita durou algumas horas e permitiu que os técnicos visitassem os três principais armazéns dos maiores importadores de arroz e farinha de trigo do país, nomeadamente, CRTrading, ADG e SOCOBIS.
Já no final da visita, o diretor-geral do Comércio Interno, Abulai Mané, explicou aos jornalistas que a visita tem como objetivo confirmar os preços dos produtos alimentares registados no mercado.
Regista-se uma baixa de preços de arroz, farinha de trigo e açúcar no mercado nacional neste momento, sem nenhuma intervenção das autoridades, facto que motivou a visita dos técnicos do comércio aos principais mercados de Bissau para constatar a realidade e esta sexta-feira, visitaram os três principais armazéns dos importadores.
Mané disse que a descida dos preços no mercado levou os técnicos, acompanhados por elementos da CCIAS, a visitar os principais armazéns dos grossistas e ouvir os importadores para verificar o stock destes produtos.

“Informações que já tínhamos e que confirmámos com esta visita aos armazéns indicam que o país tem um stock de arroz e farinha de trigo suficiente para abastecer o mercado nacional até ao final de dezembro e início de janeiro de 2026”, disse, afirmando que este stock garantirá ao país uma certa segurança alimentar em termos de consumo de arroz.
Lembrou que, ontem (quinta-feira), visitaram os principais mercados e constataram uma descida considerável dos preços praticados na venda de arroz.
O saco de 50 quilogramas de arroz “Nhelem” 100% partido, que custava 20.500 francos CFA para o importador e 22.000 para o consumidor final, passa a ser vendido a 17.500 francos CFA ao consumidor final, e o açúcar desceu de 37.000 para 25.000 francos CFA.
Relativamente aos preços praticados neste momento e de acordo com as preocupações recebidas das diferentes categorias de comerciantes (retalhistas, grossistas e importadores), afirmou que o Ministério do Comércio vai analisar a situação e trabalhar numa nova proposta a ser apresentada ao Governo para que seja fixada uma nova estrutura de custos para o arroz.
Neste particular, lembrou que a estrutura de custos atualmente em vigor é de 2023, afirmando que é necessário avaliar a situação atual e, depois, avançar com uma nova proposta de estrutura de custos para o arroz, farinha de trigo, açúcar e óleo alimentar.
“Temos informações confirmadas por parte dos importadores que, ontem (quinta-feira), a farinha de trigo custava 24.600 francos CFA e hoje está a ser vendida a 21.500 francos CFA. O açúcar, que até ontem estava a 27.000 francos CFA, custa hoje 25.000 francos CFA. Portanto, tudo isto indica que as estruturas de custos de 2023 têm de ser atualizadas para beneficiar a população guineense e garantir o seu acesso a estes bens essenciais para o consumo”, notou.
Por: Jacimira Segunda Sia



















