O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, considera preocupante o aumento de casos de mortes de crianças de forma misteriosa no país.
O ativista expressou a sua preocupação aos jornalistas no final de uma visita às instalações da Direção Nacional da Polícia Judiciária, onde encorajou esta polícia de investigação criminal a prosseguir com as investigações iniciadas.
Turé afirmou que esta situação é alarmante, dada a continuidade dos casos misteriosos relacionados com a morte das crianças de forma misteriosa, alegando que os incidentes tornaram-se repetitivos num curto espaço de tempo. Acrescentou que o país acabou de registar cinco crianças mortas de forma misteriosa em apenas quatro meses no mesmo ano.
Segundo Turé, a Polícia Judiciária (PJ) informou que as duas crianças encontradas mortas no carro faleceram devido à falta de oxigénio.
Embora tenham recebido as garantia que as investigações vão continuar, frisou que a organização que dirige deseja que o trabalho prossiga para esclarecer os factos e responsabilizar os autores dos casos anteriores.
O ativista fez um apelo aos pais e encarregados de educação, no sentido de cuidarem mais das suas crianças, considerando que existe uma grande irresponsabilidade e negligência da parte destes em relação a algumas situações que envolvem crianças.
Criticou que observa-se, hoje, crianças abandonadas a andar nas ruas sem a proteção dos seus responsáveis, muitas vezes entregues a si mesmas. Apelou, neste particular, aos pais para mudarem os seus comportamentos e reforçar os mecanismos de cuidado e proteção das crianças, não apenas nos momentos de festejos, mas também no dia a dia.
Exortou, neste contexto, a Câmara Municipal de Bissau (CMB) a desencadear uma operação ou a aprovar um regulamento que obrigue as oficinas a fecharem as portas dos carros parados, para que as crianças não tenham acesso a estes veículos, já que foram registados mais de dois casos desse género.
Bubacar Turé apelou ao governo para apoiar a PJ, “porque esta carece de meios de trabalho, a falta de recursos humanos, viaturas de operação, equipamentos e outros elementos necessários para a eficácia do seu trabalho”.
“Tendo essas condições, pode-se falar de acesso à justiça, pois assim teremos uma investigação criminal eficiente e eficaz. É certo que não faltam meios ao governo para cumprir com esses requisitos, por isso, exigimos que o faça e que haja mais recrutamento de agentes na corporação”, concluiu.
Por: Jacimira Segunda Sia



















