A cidade de Bissau acolhe o Fórum Internacional da Educação e da Confederação Sindical da Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorrerá de 15 a 18 de julho de 2025, sob o lema “Promover a colaboração efetiva para reinventar a educação pública”, contando com a participação de representantes da Guiné-Bissau, Angola, Brasil, Cabo Verde e Portugal.
O fórum, que decorre numa das unidades hoteleiras de Bissau, visa renovar o diálogo e a colaboração entre as organizações sindicais do setor educativo e os decisores políticos, desenvolvendo um plano de ação para converter a força coletiva em propostas políticas inovadoras alinhadas com as recomendações do painel de alto nível da Organização das Nações Unidas sobre a profissão docente.
Na abertura do fórum, o Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica, Henry Mané, afirmou na sua comunicação, que os sindicatos dos professores não são perturbadores do sistema educativo, mas sim parceiros do governo, “porque é através deles que o Executivo consegue identificar algo anormal no sistema educativo. De maneira que eles não defendem apenas a classe dos professores, mas também lutam pelo bem-estar do setor da educação.”
Mané explicou que o Executivo guineense enfrenta enormes dificuldades e acrescentou que, devido ao acordo com o fundo Monetário Internacional (FMI), o governo está um pouco limitado. Contudo, assegurou que “isso não quer dizer que o governo não deva cumprir as suas obrigações enquanto responsável pelo setor da educação”.
“O governo está a ter encontros com diferentes sindicatos dos professores, com apoio do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, à procura de soluções para o setor educativo guineense”, contou.
Para o Secretário-Geral da Confederação Sindical da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Elenio Araújo, os sindicatos dos professores dos países de língua portuguesa têm um papel fundamental no processo de democracia, participação social e popular, mantendo um diálogo permanente com os governos: “Porque só assim é possível alterar a situação do sistema educativo, que se encontra há vários anos (em crise).”
Por seu turno, o Presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), Domingos de Carvalho, explicou que o SINAPROF orienta a sua ação pela defesa dos interesses dos seus associados, promoção da educação e criação de laços de unidade e solidariedade com os professores e outros trabalhadores que exercem as suas atividades profissionais no setor da educação e da investigação científica.
“O SINAPROF é uma organização sindical autónoma em relação ao Estado, partidos políticos, entidades patronais e instituições religiosas e tem como objetivo final contribuir para uma sociedade isenta de exploração e opressão, lutando pela igualdade de oportunidades, justiça social e liberdade”, esclareceu.
Por: Aguinaldo Ampa
