A Guiné-Bissau vai participar, pela primeira na história no Campeonato do Mundo de Ciclismo de Estrada e Contrarrelógio, entre 21 e 28 de setembro em Kigali, Ruanda, organizada pela União Ciclista Internacional (UCI).
Nesta primeira prova de ciclismo que vai ser realizado o continente africano, a delegação nacional liderada pela Federação de Ciclismo da Guiné-Bissau (FCGB), vai participar com três atletas nacionais, dois masculinos e uma feminina em três categorias Júnior, sub-23 e elite.
Trata-se de Caizer Wilson Ié, na categoria de Júnior, Dodo Humberto Ié, na categoria de sub-23 e Apolinário Cá, na categoria de Elite do Contrarrelógio, onde vai defrontar melhores ciclistas do mundo.
A informação foi transmitida esta terça-feira, 02 de setembro de 2025, pelo presidente da FCGB, Cabi da Costa Blute, durante uma entrevista concedida ao Jornal O Democrata, com o propósito de abordar as atividades da modalidade a nível das competições de ciclismo.
“A Guiné-Bissa, pela primeira vez, vai participar no Campeonato do Mundo de Ciclismo em Ruanda, embora tivemos oportunidade de participar a dois atras numa igual competição na Escócia, mas não conseguimos participar, na altura, mas este ano graças o apoio do executivo, a nossa participação está garantida, evitando assim a redução da cota atribuída aos nossos atletas, declarou Cabi da Costa Blute, lembrando que a Guiné-Bissau saiu de 10 para 3 da cota atribuída aos atletas devido a sua ausência na prova”.
“Vamos participar com três atletas e será um grande esforço da nossa parte, porque esperávamos ter um pelotão constituído por seis atletas no mínimo, mas acabamos por ficar somente com três atletas, participando em categorias de sub-23 com uma atleta feminina, na categoria de júnior com um atleta masculino na categoria de elite com o nosso campeão Apolinário.
Embora o Campeonato do Mundo esteja prevista para decorrer na quarta semana de setembro em Kigali, Ruanda, os três atletas já deixaram o país no início da semana com destino aquele país africano. Segundo explicação de Blute, os três ciclistas guineenses beneficiaram de uma bolsa atribuída pela UCI que permitiu os atletas nacionais serem capacitados no centro de alto rendimento durante três semanas antes do início da competição.
“Esta ação de treinamento e capacitação vai permitir aos nossos atletas conhecerem as localidades onde competirão futuramente, porque como sabemos, o Ruanda é um país montanhoso e a Guiné-Bissau é um país plano, por isso, terão dificuldades de competir caso não conheçam o local antes de a prova iniciar. Neste sentido, esta oportunidade de conhecer os percursos e metas no sentido de terem uma maior integração” é boa, acrescentou.
Embora sendo a primeira participação no Campeonato do Mundo, o presidente da FCGB, diz que a Guiné-Bissau tem ambição de conseguir uma medalha para o país, principalmente nas categorias de júnior e sub-23, respetivamente.
Costa Blute mostrou-se confiante no desempenho dos ciclistas Caizer Wilson Ié, na categoria de júnior e Dodo Humberto Ié, na categoria de sub-23, pelos seus desempenhos nos últimos anos nesta modalidade. De acordo com Blute, a jovem ciclista, Dodo Humberto Ié teve um desempenho numa prova recente realizado no Senegal, onde a Guiné-Bissau saiu vencedora.
Embora reconheça as qualidades do ciclista Apolinário Cá, o presidente do órgão nacional lembrou que o jovem atleta vai competir com os melhores atletas da atualidade desta modalidade.
Importa salientar que o Ruanda, o primeiro país africano da história a receber os Mundiais de ciclismo de estrada, entre 21 e 28 de setembro, está a preparar o mais duro percurso até à data, com um desnível acumulado de 5.000 metros.
Entre as novidades destes mundiais, igualmente o facto do contrarrelógio começar, pela primeira vez, em recinto fechado, nomeadamente no BK, um pavilhão de basquetebol com capacidade para 10.000 espetadores.
Os organizadores garantiram igualmente que o país da África central tem uma rede de estradas adequadas às exigências deste evento.
As grandes figuras do ciclismo internacional são esperadas em Kigali, nomeadamente o atual campeão mundial de fundo, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), sendo que a organização garante que não haverá qualquer problema de segurança, apesar do conflito armado com o vizinho Congo.
A União Europeia chegou a pedir à União Ciclista Internacional (UCI) para mudar o país organizador, mas esta não acedeu às suas pretensões.
Por: Alison Cabral




















Dodo Humberto Ié é un home ou mulher?
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