52º aniversário da independência: PR SISSOCO AFIRMA QUE A NÍVEL INTERNACIONAL A GUINÉ-BISSAU É HOJE MAIS DO QUE NUNCA RECONHECIDA E VALORIZADA

O Presidente da República cessante, Umaro Sissoco Embaló, disse na sua tradicional mensagem à nação sobre a celebração de 52º aniversário da independência da Guiné-Bissau, que após os cinco anos depois do seu mandato à frente do país, o balanço que se pode fazer não deixa nenhumas dúvidas, porque hoje a presença da Guiné-Bissau a nível internacional é mais do que nunca, reconhecida e valorizada.

Embalo fez estas afirmações na sua mensagem a nação para a celebração de 52 aniversario, que se assinala a 24 de Setembro, na qual enfatiza que “a tarefa de romper com esse legado negativo, passava necessariamente pela redefinição das nossas relações internacionais, para servir um projeto político que, eu próprio, como Chefe de Estado, decidi encarnar”.

“Foi essa a missão que nós assumimos: reposicionar a Guiné-Bissau no contexto internacional. Nesta senda, a Guiné-Bissau conseguiu fazer um percurso inédito e histórico. De 2020 a 2025 consolidamos as nossas relações com países amigos e instituições internacionais parceiras. Tivemos ocasião de presidir a CEDEAO. O nosso País acolheu a Décima Quinta Cimeira da CPLP, organização que estamos a presidir até 2027”, disse.

Sobre as eleições gerais (presidenciais e legislativas) agendadas para novembro deste ano, o chefe de Estado, disse na sua mensagem que o “desfecho destas duas eleições vai ser determinante para podermos continuar a alargar e intensificar toda uma dinâmica de sucesso, já desencadeada desde 2020”. Contudo, prometeu trabalhar para consolidar o Estado de Direito Democrático.

Embaló prometeu ainda mais investimento nos setores de saúde, da educação, da justiça, bem como combater o crime organizado e a corrupção.

Eis na integra o discurso do Presidente da Republica, Umaro Sissoco Embaló:

Guineenses!

A 24 de Setembro de 1973, a Assembleia Nacional Popular, exprimindo a vontade soberana do povo guineense, proclama solenemente o Estado da Guiné-Bissau. Faz hoje 52 anos passados sobre esse dia histórico.

Hoje, dia 24 de setembro de 2025, voltamos a saudar, em nome do Povo Guineense os Combatentes da Liberdade da Pátria que, das mais diversas formas, muitas vezes com o sacrifício da própria vida, deram tudo de si para a conquista da nossa Independência.

O “24 de setembro” é Dia da nossa Independência, é Dia de Unidade Nacional.

Dirijo-me, mais uma vez, a todos vós. Aos guineenses – homens, mulheres e jovens, residentes no País. Mas também dirijo-me aos que vivem e trabalham no estrangeiro que constituem a nossa diáspora espalhada pelo mundo.

A todos vós, vai o abraço do Presidente da República. Um abraço de solidariedade, inspirado por sentimentos enraizados numa pertença comum, nos valores que juntos comungamos e que fazem de nós, um só povo, uma nação.

Celebrar o ‘Dia 24 de Setembro’ é, também, um momento de reflexão. Um momento em que somos interpelados a perguntar-nos: o que é que nós estamos a fazer para construir a Guiné-Bissau que queremos ser?

Talvez ainda mais pertinente, é fazer a seguinte pergunta: o que era a Guiné-Bissau, no mundo, até o ano de 2020? A resposta é muito simples. Até 2020 a Guiné-Bissau ainda era considerada um País em crise política permanente. Que só era notícia por maus motivos. Um País sem rumo.

A tarefa de romper com esse legado negativo, passava necessariamente pela redefinição das nossas relações internacionais, para servir um projeto político que, eu próprio, como Chefe de Estado, decidi encarnar.

Foi essa a missão que nós assumimos: reposicionar a Guiné-Bissau no contexto internacional. Nesta senda, a Guiné-Bissau conseguiu fazer um percurso inédito e histórico.

Cinco anos depois, o balanço não deixa nenhumas dúvidas. Vencemos essa aposta. A nossa presença internacional é hoje, mais do nunca, reconhecida e valorizada.

De 2020 a 2025 consolidamos as nossas relações com países amigos e instituições internacionais parceiras.

Tivemos ocasião de presidir a CEDEAO. O nosso País acolheu a Décima Quinta Cimeira da CPLP, organização que estamos a presidir até 2027.

Presidimos a Aliança dos Líderes Africanos Contra a Malária(ALMA).

A Guiné-Bissau é vice-presidente do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD).

Estamos a presidir a OMVG, uma autoridade regional responsável pela produção e eletrificação de quatro países da nossa sub-região: a Guiné Conacri, a Guiné-Bissau, o Senegal e a Gâmbia.

Nha ermôns!

Como era previsível, os resultados dos sucessos diplomáticos que foram alcançados, impactaram positivamente largos setores da governação do país, da economia e da sociedade. Destaco algumas realizações:

A construção de estradas estende-se pelas regiões. É um empreendimento muito importante, e que vai continuar. Esses eixos rodoviários melhoraram muito as condições de mobilidade e segurança dos cidadãos.

Também melhorou-se bastante o transporte marítimonomeadamente com a entrada em atividade de mais um navio o “Centenário de Amílcar Cabral”.

Os impactos positivos dessa maior mobilidade terrestre e marítima estão produzindo os efeitos esperados: quer na unificação do mercado nacional, quer no reforço da coesão territorial e também na coesão social do nosso país.

Estão a terminar as obras de renovação do Aeroporto, uma infraestrutura que vai valorizar ainda mais a nossa cidade-capital, prestar serviços de qualidade aos passageiros nacionais e estrangeiros.

Um novo grande Hospital está em construção no espaço, outrora, do antigo Hospital Militar. Um outro grande edifício, já em fase de acabamento, foi construído no centro da cidade, para servir de nova sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Com a instalação do novo sistema eléctrico nacional e a consequente eletrificação do país, é toda a vida económica, social e cultural nas cidades e nas comunidades periféricas, que vai beneficiar dos efeitos de poder aceder à eletricidade permanente e mais barata.

De 2020 a 2025, a Guiné-Bissau realmente mudou para muito melhor. Para isso, inicialmente, contou muito a alavanca das relações internacionais.

Guineenses,

No que diz respeito à situação em que se encontra o ‘poder local ‘na Guiné-Bissau, a falência dos sucessivos governos centrais das últimas décadas, parece ser uma evidência. Com a falta de um poder local legitimado por eleições diretas, as nossas cidades degradaram-se muito.

Bissau, por exemplo, já tinha perdido muito da sua identidade como cidade-capital. Com as obras de requalificação da cidade, Bissau voltou a constituir um motivo de orgulho para todos os guineenses.

Bafatá e Gabú Outras duas importantes cidades do interior beneficiaram de obras de requalificação urbana. É um processo que não vai parar.

Nha ermons,

2025, como sabemos, vai ser um ano eleitoral. Vamos realizar, já no próximo mês de novembro, dois atos eleitorais muito importantes eleições presidenciais e as eleições legislativas.

O desfecho destas duas eleições vai ser determinante para podermos continuar, alargar e intensificar toda uma dinâmica de sucesso, já desencadeada desde o ano de 2020.

Vamos consolidar o nosso Estado de Direito Democrático.

Vamos a investir mais na Saúde, na Educação, na Justiça, combater o crime organizado e a corrupção.

Vamos apostar na Juventude, na realização do seu potencial, e promover mais a cultura e o desporto.

Vamos investir mais nas pessoas, na mulher, na juventude e nas crianças

Nha ermons,

a Guiné-Bissau não vai parar!

Viva a Guiné-Bissau.

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