A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) condena a expulsão esta quinta- feira, 25 de setembro de 2025, do Supremo Tribunal de Justiça, de três jornalistas das rádios Capital FM, Voz de Quelelé e Galáxia de Pindjiguiti, considerando o ato como uma afronta direta à liberdade de imprensa e à transparência democrática.

Na nota consultada pelo O Democrata, a organização defensora dos Direitos Humanos afirmou que, ao silenciar jornalistas, o Supremo Tribunal de Justiça atenta não apenas contra o exercício da profissão, mas também o direito inalienável da sociedade guineense a ser informada de forma livre, plural e transparente.

“Aliás, transformar a justiça que deveria ser a guardiã dos direitos fundamentais – em instrumento de censura e intimidação é um abuso intolerável, que destrói a já frágil confiança dos cidadãos nas instituições e mina os pilares de qualquer Estado democrático de direito” lê -se no documento.

Por isso, a Liga exige uma explicação pública imediata por parte do Supremo Tribunal de Justiça e alerta que a liberdade de imprensa não é uma concessão do poder, é um direito que nenhuma autoridade pode suprimir ou limitar arbitrariamente.

Por fim, a organização defensora dos Direitos humanos exorta o STJ a evitar tentações autoritárias que visam restringir ilegalmente o pleno exercício do jornalismo na Guiné-Bissau.

Por: Tiago Seide