O Porta-voz da Plataforma Republicana – Nô Kumpu Guiné, António Afonso Té, afirmou esta segunda-feira, 29 de setembro de 2025, que o Presidente da República cessante, Umaro Sissoco Embaló, não é responsável pelo indeferimento da candidatura da Coligação Aliança Patriótica Inclusiva API-Cabas Garandi, pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para as eleições gerais de 23 de novembro próximo.
António Afonso Té falava em conferência de imprensa em reação à posição da API – Cabas Garandi, contra a decisão do Supremo Tribunal de Justiça que indeferiu a sua candidatura.
”O Presidente da República, o nosso candidato presidencial, não é responsável de nada que se passou no Supremo Tribunal de Justiça com as candidaturas das duas coligações eleitorais. Quando as coisas nos favorecem admitimos que há separação de poderes e não nos favorecem, posicionamo-nos contra. As estruturas e as instituições do país não podem funcionar a favor de pessoas singulares, não. Todos os filhos da Guiné-Bissau são iguais e devem ter o mesmo tratamento. A política não se faz com insultos. Faz-se com verdade, trabalho para convencer o eleitorado a votar no projeto político, não ao contrário”, criticou.
Por sua vez, Malam Sissé, líder do partido PAPES integrante da Plataforma Nô Kumpu Guiné, disse que há um grupo de pessoas que está a criar circos para desacreditar a decisão do Supremo Tribunal de Justiça e acusou PAI Terra Ranka e API Cabas Garandi de quererem generalizar a violência no país.
”Não vamos admitir que isso aconteça. Nós da Plataforma Republicana Nô Kumpu Guiné não vamos permitir nada que ponha em causa o bem-estar social. É verdade que temos políticos empresários, mas isso não dá a ninguém o direito de pensar que é imune à justiça e à uma convivência cordial. O Presidente da República é uma instituição do país e da soberania”, afirmou.
Badilé Sami, dirigente do Partido Luz da Guiné –Bissau, disse que os políticos integrantes da Plataforma API Cabas Garandi devem assumir as suas responsabilidades, por serem eles mesmos os responsáveis pela destruição dessa estrutura política.
“Essa responsabilidade não pode ser transferida para o Presidente da República nem para a Plataforma Republicana. Um político sério deve assumir a sua responsabilidade”, sublinhou , tendo afirmado que há muito tempo que o Partido Luz fez chamada de atenção de que a PAI Terra Ranka e a API Cabas Garandi não tinham uma sustentabilidade política.
“Temos uma coligação PAI Terra Ranka que basicamente é culto de personalidade, razão pela qual entregaram os documentos só depois do regresso do seu líder. A API Cabas Garandi foi consumida pela desorganização interna grave e hoje querem sacrificar o Presidente da República ou tê-lo com um elemento que quer pôr em casa o processo eleitoral na Guiné-Bissau”, frisou Badilé Sami.
Por: Filomeno Sambú
















