O líder da Plataforma Aliança Inclusiva PAI- Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, afirmou que a coligação que lidera tem o mesmo direito que quaisquer outras formações políticas e coligações eleitorais para participar, em pé de igualdade, nas próximas eleições gerais, legislativas e presidenciais, marcadas para 23 de novembro deste ano.
O político fez essa réplica esta quinta-feira, 2 de outubro de 2025, em conferência de imprensa realizada na sede principal do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em Bissau, para analisar a situação política vigente e a crise política instalada no país na sequência da decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu excluir da lista provisória as principais coligações eleitorais da oposição (PAI-Terra Ranka, e API Cabas Garandi).
Dirigindo-se a um grupo de mulheres agrupadas em movimento que foi solidarizar-se com ele, Domingos Simões Pereira disse que as leis do país assistem ao PAIGC e à PAI TERRA RANKA e a todos os partidos políticos e coligações concorrentes às próximas eleições gerais e afirmou que a coligação que lidera vai ganhá-las com uma maioria absoluta, logo na primeira volta.
“Alguém deve ter pensado que tinha a agenda de aniquilar o PAIGC e impedi-lo de participar nas eleições e a Plataforma de concorrerem às eleições. Não é um caminho simples colocar pessoas nas instituições do Estado para determinarem quem deve ou não concorrer às eleições ou quem tem razão ou não de ser o que é e a partir daí pensar que tudo pudesse ficar resolvido, não era uma solução”, disse Domingos Simões Pereira, apontando que a lei está acima das pessoas que representam as instituições que estão a ser usadas como partido e a coligação que representa.
“A lei é que determina os passos que devem ser seguidos, quem entra e quem não entra e como o povo deve dirigir o seu próprio destino. É a mesma lei que diz que o PAIGC e a Plataforma PAI-Terra Ranka têm o mesmo direito que qualquer outra estrutura para concorrer e merecer o voto dos eleitores, do povo e ganhar as próximas eleições gerais”, afirmou.
Em relação ao indeferimento da candidatura de PAI TERRA RANKA pelo Supremo Tribunal de Justiça, Domingos Simões Pereira afirmou que a decisão “não tem nenhum cabimento jurídico” e disse que jamais admitirão que lhes seja retiradas as conquistas e os feitos que o partido teve desde a independência até à era da democracia.
“Solicitamos internamente os nossos advogados, lá fora, consultamos intuições cá e lá fora para analisar essa matéria, unanimemente disseram-nos que não tem por onde pegar para sustentar essa decisão. Se a lei nos protege, quem nos pode ameaçar? Se abriu portas para nós, quem pode fechá-las ou roubar as urnas?”, questionou.
O Líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde afirmou que o único medo que os militantes do partido podem ter é se o partido for apanhado a atuar fora da lei, mas “como estão alinhados com a lei e a Constituição da República, um documento fundamental para qualquer atuação dessa formação política, é pouco provável meter medo a um militante do PAIGC.
“Estamos seguros que estamos alinhados com as leis da República e valores que os combatentes da liberdade de pátria outorgaram ao povo guineense, não podemos ter medo de ninguém no país, como também o povo guineense que não deve estar com medo, porque ele é juíz em democracia”, reforçou.
“Quem diz que tem medo de colocar urnas para deixar o povo expressar a liberdade e o direito de voto, é melhor sair do jogo político, porque durante cinco anos os cidadãos foram humilhados, espancados, ameaçados e toda gente ficou com medo como aconteceu na época colonial. Na época, quando era encontrada uma viatura Land Rover à porta já se sabia o que te aconteceria. Voltamos a assistir a esse episódio de novo na Guiné-Bissau, mas em nenhum momento aceitaremos que as nossas liberdades conquistadas sejam postas em causa”, sublinhou.
Por: Aguinaldo Ampa/Filomeno Sambú



















