PORTUGAL  ANUNCIA QUE VAI APOIAR   A GUINÉ-BISSAU COM DOIS MILHÕES DE EUROS NA ÁREA MARÍTIMA 

O presidente  do Instituto Português do Mar e Atmosfera, José Guerreiro, anunciou  um financiamento  de  dois milhões de euros do governo Português  para apoiar a Guiné-Bissau no domínio marítimo e  da cooperação que permita  fazer uma análise da pesca artesanal e acionar outros mecanismos para desenvolver esse setor.

“Os  nossos projetos de  cooperação  não  se resumem apenas  na livre circulação de pessoas e bens no domínio  da meteorologia, como também vamos alavancar  daquilo que é  da fileira das pescas com instrumentos que possam ser úteis”, afirmou

José Guerreiro, que falava esta terça-feira, 07 de outubro, no âmbito do Protocolo de Cooperação entre o Instituto Marítimo Portuário da Guiné-Bissau-IMP e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera-IPMA, realçou que a parceria portuguesa veio atuar no domínio do reforço de capacidades, através do Instituto Camões para acompanhar as estatísticas relativas à pesca  que se pretende evoluir para  o apoio laboratorial  no domínio   do controlo  da qualidade do pescado,  sendo um passo  positivo para a exportação  do pescado para o mercado da União Europeia (UE).

A delegação portuguesa de alto nível que visita o país de 2 a 7 de outubro, tem como objetivo proceder à avaliação do nível  de implementação do acordo  e  estudar as possibilidades  de estabelecimento  de novas parcerias  com as instituições  congéneres. 

No seu discurso, sublinhou que a Guiné-Bissau será o primeiro  país   da cooperação que vai tentar implementar a previsão agro-climática com um intervalo de vários dias e análise dos riscos climáticos com equipamentos,  nomeadamente extrações meteorológicas automáticas como também sobre o estado do mar,  contribuindo para a segurança marítima.

“Temos uma equipa muito forte  e  vai  trabalhar em prol da Guiné-Bissau. Vamos reforçar mecanismos de cooperação bilateral   virada à pesca artesanal,  uma vez  que  se identifica  o sítio do património mundial”, assegurou.  

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuário da Guiné-Bissau ( IMP), Gualdino Afonso Té, reconheceu que  as dificuldades são enormes e  prometeu redobrar esforços para  fazer face a esta situação, nomeadamente estabelecer acordos de parceria com os parceiros internacionais para  tornar o setor mais seguro  na navegação e resolver outros problemas tidos como um estrangulamento ao setor.

“Se conseguirmos manter a segurança   marítima  e garantir  a segurança aos  nossos cidadãos, contribuiremos para a consolidação da nossa economia . O nosso mar é  a fonte da nossa riqueza, embora apontemos que a agricultura é  a base da nossa riqueza.  É da mesma forma que  o mar é  uma contribuição importante para a dinamização e o crescimento da nossa economia“, frisou.

Neste sentido, prometeu elaborar uma proposta junto dos parceiros Nacionais, nomeadamente as  áreas ligadas ao IMP para elaboração de um projeto que servirá de reforço para o setor marítimo do país, contudo  mostrou que  esses parceiros  não conseguem  dar respostas imediatas,  devido às dificuldades que enfrentam, sobretudo de materiais  de trabalho e recursos humanos. 

“Estamos cientes de  alguns  fenómenos que decorrem  na nossa zona que impactam  o país e atingem a parte externa. Estou a falar  exatamente de tempestades e de furacões. Alguns desses fenómenos têm origem nas zonas do Atlântico e ganham proporções nas outras margens”, indicou. 

De acordo com  Gualdino Afonso Té,  durante a visita  dos parceiros,  foram tratadas  questões  meteorológicas, geográficas, segurança da navegação, bem como assuntos ligados à sinalização dos faróis. Também estão a ser tratados  no âmbito de um outro programa denominado projeto Costa Segura.

“Recentemente, o IMP e a delegação portuguesa  na área  de  Defesa, mantiveram um encontro com a União Europeia e várias propostas foram anunciadas. Temos garantias que até  ao início do   próximo ano, a zona de Ponta Caio estará operacional, enquanto uma zona estratégica  e tudo isso faz   parte de  um pacote  dos problemas   existentes há muitos anos”, disse, lembrando que os parceiros fizeram essa visita  para se inteirar dos problemas desse setor e de igual modo  identificar as oportunidades, onde estiveram envolvidas as instituições como o   Instituto Nacional de pesca e cenografia (INPC), o INE-Instituto Nacional de Estatística, a Casa do Ambiente, que representou o Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas, e o IMP-Instituto Marítimo Portuário.

A delegação portuguesa do  Instituto  Português do Mar e Atmosfera deixou o país depois de uma missão  de  reforço de  cooperação  no domínio marítimo e esta terça-feira, as duas entidades, IMP e IPMA, encerraram os trabalhos  com a presença do ministro dos transportes, Marciano Silva Barbeiro.

Por: Jacimira Segunda Sia

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