‎ANAPROMED  EXIGE PAGAMENTO DAS DÍVIDAS EM ATRASO AOS AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS DAS ESCOLAS PÚBLICAS 

A presidente do Conselho Fiscal de ANAPROMED, Maria Gomes, insurgiu-se  contra a postura das entidades responsáveis pelo setor da educação relativamente à situação dos auxiliares  de serviços gerais e disse no encontro  que mantiveram com o ministro da Educação Nacional, que este terá afirmado que os trabalhadores domésticos não são funcionários públicos.

‎De acordo  com  a representante  da classe  dos trabalhadores domésticos, o ministro da tutela  afirmou  que a dívida que  estão a reivindicar não faz parte da dívida do Estado e que deve ser paga pelos diretores  dessas escolas.

‎A presidente do Conselho Fiscal de ANPROMED falava esta terça-feira, 14 de outubro, depois  da vigília  realizada em     frente do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica para exigir o  pagamento  das dívidas  em atraso  com o Ministério da Educação Nacional. 

‎Maria Gomes disse que  a organização  está a exigir o  pagamento  das dividas de 2021, 2022, 2023 e 2025 , alegando que durante o pagamento dos atrasados, apenas  2020 foi pago e pularam 2021, 2022, 2023 e voltaram a pagar 2024, sem nenhuma explicação da razão porque decidiram saltar os outros anos.

‎“Não conhecemos os motivos e   porque  razão decidiram saltar os anos anteriores. O último pagamento foi efetuado a   23 de dezembro  de 2024. Até  ao momento não recebemos mais nada e surpreendentemente recebemos informações do ministro que já não somos funcionários públicos e , consequentemente, o Estado não tem nenhuma responsabilidade nesse processo. Em 2023 fizemos o mesmo levantamento e  descobrimos que as dividas em causa foram comprovadas pelo governo e  que existem”, afirmou.

‎A responsável da ANAPROMED informou aos jornalistas  que depois de vários contactos, criou-se uma equipe que envolve os diretores Administrativos  e Financeiro (DAF), dos recursos humanos, incluindo o agente do contencioso e fez-se , em 27 de dezembro de 2023, um trabalho de  levantamentos dos auxiliares dos serviços gerais  nas escolas públicas e esse trabalho foi feito apenas no setor autónomo de Bissau e em 2024 e 2025 fizeram o memo exercício,  já em todo o território nacional, onde foi  comprovado que as dívidas  Existem.  

‎Neste sentido, alertou que a ANAPROMED não vai ficar de braços cruzados perante essa situação  dos auxiliares de serviços gerais, porque “ cada vez que se faz mudanças de diretores das escolas é um problema que se semeia sem solução e ninguém aceita assumir as dívidas”.

‎”Seremos intransigentes e continuaremos a lutar até que as nossas exigências sejam atendidas ou até que essa questão de pagamento das dividas seja esclarecida”, exortou.

‎Maria Gomes acusou  os diretores das escolas públicas,  nomeadamente Liceu  Rui Barcelos da Cunha e Liceu Nacional Kwame N’Krumah  de expulsar auxiliares de serviços gerais das escolas e colocar os alunos para executarem as tarefas de limpeza e saneamento das respetivas escolas.

‎”Quando têm informações que os associados serão pagos, expulsam-nas das escolas e colocam os alunos para fazer trabalhos de limpeza e de saneamento, porque  têm parcerias com as  associações dos alunos nesses estabelecimentos do ensino”, denunciou e disse que a organização accionará os mecanismos legais para resolver essa situação dos  associados.

‎Alertou, neste particular,  que  se o governo não pagar as dividas , vão  reivindicar junto às instituições do ensino até que as dívidas de 1355 pessoas sejam pagas.

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‎Por: Agostinho Sousa 

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