Após a vigília: SINDICATO DENUNCIA QUE O CENTRO DE PRODUÇÃO DE OXIGÉNIO DO HOSPITAL NACIONAL É CONTROLADO DE FORA

O presidente do Sindicato de base dos Trabalhadores do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), Iburaimi Sambú, denunciou que o Centro de Produção de Oxigénio  é controlado de fora por pessoas do sistema com interesses singulares e afirmou que as reivindicações internas vão continuar no maior centro hospitalar do país, até que as suas exigências sejam atendidas.

“A fábrica de oxigénio do HNSM está a ser controlada por terceiros, o que significa que a direção do hospital não tem o seu controlo. Às vezes, recebemos apenas informações de que a fábrica está   com problemas sem mais explicações, simples assim. Já pedimos a colocação das rampas de oxigénio nos diferentes serviços, mas até ao momento não tivemos as respostas”, denunciou.

O presidente do sindicato de base dos funcionários do HNSM falava esta quinta-feira, 16 de outubro, na margem de uma vigília realizada em frente ao hospital para exigir o pagamento de salários aos técnicos contratados e a melhoria das condições de trabalho em todos os serviços do hospital.

Segundo Iburaimi Sambú, a vigília agendada para amanhã, 17 de outubro de 2025, foi suspensa a pedido do primeiro-ministro, que convocou os responsáveis sindicais para uma reunião de negociação.

‎ O sindicato está a exigir o pagamento de doze meses de salários em atraso aos funcionários e técnicos contratados daquela instituição e já alertaram que se na negociação de amanhã não tiver uma solução para os seus problemas, realizarão na segunda- feira, 20 de outubro, mais uma vigília.

‎ʺEstamos a exigir o pagamento das dívidas de 12 meses de salários aos contratados internos que são, nomeadamente assessores administrativos, técnicos de manutenção, aqueles que apoiam com materiais no Bloco Operatório, condutores de ambulância, incluindo seguranças”, precisou. 

Para além dessas exigências, o sindicato quer ainda ver melhoradas as condições de trabalho, a reabertura dos serviços que atualmente se encontram fechados.

Segundo o sindicalista, o bloco operatório e a maternidade estão disfuncionais por causa das condições que esses serviços apresentam.

“Ainda hoje de manhã, registamos a queda do teto na maternidade durante a nossa vigília e estamos também a exigir a segurança vinte quatro horas no Hospital”, informou e disse que a vigília resultou, por isso foram convocados pelo chefe do executivo para uma negociação, embora sem experiência.

“Tudo dependerá do encontro com Braima Camará, amanhã, 17 de, outubro”, indicou, para de seguida atribuir responsabilidades do fracasso que aquele hospital enfrenta aos sucessivos governantes e políticos, bem conhecidos que poderiam ter sido evitados. Os números de óbitos têm estado a subir, porque os governantes fizeram do HNSM refém e fonte de rendimento e não criaram condições necessárias para melhorar a qualidade de serviços e de atendimento.

‎Por: Jacimira Segunda Sia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *